quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker (2019)

O último capítulo da nova trilogia é um epitáfio servido de forma competente, com um andamento tremendo e alucinante, que atira cenas absolutamente soberbas de acção e aventura para o que qualquer fã de Star Wars pode desejar, onde existe também algum espaço para o choque e para tudo o que envolve concluir uma saga desta envergadura. J.J. Abrams (que também escreveu este argumento com Chris Terrio, Colin Trevorrow, e Derek Connolly) encarregou-se de realizar este épico.

A Resistência que sobreviveu enfrenta a Primeira Ordem que ameaça com um mortífero trunfo na manga toda uma galáxia, e por falar em trunfos, este filme embora a veloz colisão de emoções possa ofuscar algumas cenas, é um filme que tem imensos trunfos, que vão agradar a fãs mais recentes, como a outros de já longa data. As referências estão lá todas, e a forma como tudo foi montado, mostra que toda a equipa foi beber muita inspiração à primeira trilogia, mas sem nunca esquecer nenhuma da mitologia que foi desenvolvida ao longo dos vários episódios para se chegar aqui, e essa também é uma das grandes virtudes do filme: o respeito por todos os envolvidos nisto ao longo do tempo. É isto que é a "Força" de que os fãs de Star Wars tanto falam.

O elenco era o esperado dos filmes anteriores, mas mesmo assim houve espaço para surpresas. Só não houve mesmo espaço para respirar, tamanha é a avalanche de acontecimentos, de revelações, e de batalhas (quer interiores, quer de confronto físico). Tem enormes cenas de acção que mostram muito mais do cenários estonteantes, ou do típico confronto entre a luz e as trevas: mostram toda a dimensão desta mitologia de ficção científica criada por George Lucas, e que J.J. Abrams veio em socorro quando tudo parecia resvalar para o abismo. Este filme é também muito isso: uma viagem ao passado, e ao nosso abismo interior, para enfrentar-mos o pior dos medos, e daí trazer à superfície o melhor de nós. Brilhante conclusão.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Solo: A Star Wars Story (2018)

Foi com alguma surpresa, e também expectativa, que esperava para ver o que a Disney tinha reservado para este segundo spin off de Star Wars, desta vez para dar um background ao público sobre a personagem Han Solo, uma das mais carismáticas do Universo criado por George Lucas, e que boa parte de nós, não tem a noção do quanto importante ele foi. Ron Howard assumiu os controlos da realização do filme, muito ao jeito de um realizador ao estilo clássico, e não inventou. Entregou aos fãs de Star Wars uma aventura com o formato desejado.

Neste argumento escrito por Jonathan Kasdan e Lawrence Kasdan, todas as referências à volta de Han Solo (Alden Ehrenreich) estão presentes, e todas elas sobressaem organicamente num filme que recupera boa parte da nostalgia que foi crescer com Star Wars, desde o aparecimento do Chewbacca (desta vez representado por Joonas Suotamo), do Lando Calrissian (Donald Glover), e a que foram acrescentadas personagens intrigantes como Beckett (Woody Harrelson), Qi'ra (Emilia Clarke), o novo andróide L3-37 (Phoebe Waller-Bridge), e Dryden Vos (Paul Bettany), sem esquecer a nave mais famosa deste universo: o Millenium Falcon!

Este spin off é um pacote de pequenos grandes momentos condensados num filme com um andamento propício a grandes viragens, com acção, com aventura, e aquela fantasia característica do tipo de ficção científica que Star Wars habituou o público ao longo dos anos. Muito mais do que uma recreação nostálgica, é um filme que assume um risco tremendo, tal como a personagem central do mesmo, que viveu sempre no limite, e às vezes para lá do mesmo.


domingo, 15 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi (2017)

O oitavo episódio realizado por Rian Johnson (e escrito pelo próprio), é um filme que recupera algum do misticismo do passado que vem com algumas personagens dos filmes anteriores da saga, como Luke Skywalker e a Princess Leia. Tem algo daquilo que mais tememos, e no nosso íntimo faz-nos tremer, sendo que é um filme que deixa imensas questões no ar, e é outro prelúdio ao que virá a seguir, um pouco à imagem do The Force Awakens.

Há medida que Rey começa a desenvolver o seu potencial junto de Luke Skywalker, a Resistência prepara-se para a inevitável batalha com a Primeira Ordem. Boa parte das figuras principais do episódio anterior estão novamente neste filme, que está com um andamento muito story telling, onde alguma acção foi deixada para segundo plano, num intuito de dar mais tempo às personagens para se interligarem entre si, de se descobrirem, e de explorarem territórios a que estas personagens ainda não tinham chegado.

No entanto, é um filme fracturante, um episódio que mexe um pouco com os conceitos que a base de fãs de Star Wars mais fiel estava habituada até então, mas não deixa de ser em ponto algum um bom episódio de Star Wars que solicita maturidade a algum público. A rampa de lançamento para o último capítulo está lançada, e que a Força esteja convosco.



sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Aquaman (2018)

Quando um dos melhores e mais jovens realizadores de Hollywood, James Wan, decide pegar num super herói que tinha pouca projecção no mundo (especialmente numa altura em que o universo da DC era olhado com muita desconfiança), mas encarrega-se de levar o projecto avante com um argumento escrito por si juntamente com David Johnson-McGoldrick, Will Beall, e Geoff Johns, há na verdade esperança que do fundo do oceano venha algo de verdadeiramente especial. E veio. Aquaman é um filme de super heróis, que é muito mais do que um simples reconcilio com o público, mas é igualmente, uma aventura cheia de grandes momentos de acção, comédia subtil, e um enorme espírito vencedor à volta da personagem central.

Depois dos acontecimentos da Liga da Justiça, este filme abre o livro sobre quem é Arthur Curry, o herdeiro ao trono da Atlântida que é meio humano, meio atlante, que se encontra a braços com a missão de travar uma guerra iminente entre a superfície, e o seu mundo. E o cataclismo de acontecimentos e memórias começam a entrelaçar-se numa teia que junta acção, efeitos especiais que mostram um mundo submerso de forma incrível, e momentos emocionantes de Cinema, protagonizados por um elenco de luxo que conta com Jason Momoa (Arthur), Amber Heard (Mera), Willem Dafoe (Vulko), Patrick Wilson (King Orm), Nicole Kidman (Queen Atlanna), Dolph Lundgren (King Nereus), e Yahya Abdul-Mateen II (Black Manta). Aliás, as grandes personagens do filme, desempanhadas por Jason Momoa e Amber Heard são absolutamente vibrantes, e mesmo através da sua tumultuosa relação, estas conseguem moldar os acontecimentos, e elevar a interecção com as restantes personagens a níveis brilhantes.

Aquaman é um projecto arrojado, corajoso, mas com um coração enorme de um titã adormecido nas profundezas do oceano, e cuja a memória, mensagem, e espírito resiliente jamais dificilmente serão esquecidos, pois a par de Wonder Woman, este filme é um diamante bem polido para o universo da DC, muito graças à visão incrível que James Wan teve para este filme, e ao facto de Jason Momoa ter sido escolhido por Zack Snyder (que produziu o filme) para Aquaman. Na verdade, é o melhor Aquaman que o mundo poderia desejar. Depois deste filme, nunca mais ninguém vai menosprezar esta personagem. Épico a todos níveis possíveis e imaginários. Dezembro sempre foi um mês do ano especial para mim, por variadíssimas razões que vão para além do Cinema, mas mantendo o tópico Cinema, este filme entrou na categoria de filme especial não só desta época, mas também no lugar que reservo aos meus filmes preferidos de sempre.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Rogue One: A Star Wars Story (2016)

Este spin-off lançado à parte da trilogia programada, conta a história da filha de um cientista do Império que se junta à Aliança Rebelde numa arriscada missão para resgatar os planos da Estrela da Morte.Gareth Edwards encarregou-se da realização de uma das histórias que mais intrigou os fãs de Star Wars deste sempre, e contou com a equipa composta por Chris Weitz, Tony Gilroy, John Knoll, e Gary Whitta para a escrita deste brilhante argumento que torna esta história ainda mais especial.

Tudo neste filme foi pensado para ser o serviço perfeito de referências ao passado, apelando ao coração dos fãs mais familiarizados com a saga, que por certo acharão esta aventura muito mais do que um simples revivalismo, e olharão como um importante complemento de um complexo universo criado por George Lucas. As novas personagens são de um carisma e impacto tremendo em todo o curso da história que vai ligar com a segunda trilogia (segundo a nova cronologia), personagens essas compostas por um elenco fabuloso que conta com Felicity Jones (Jyn Erso), Diego Luna (Cassian Andor), Alan Tudyk (K-2SO), Donnie Yen (Chirrut Îmwe), Ben Mendelsohn (Orson Krennic), Forest Whitaker (Saw Gerrera), e Mads Mikkelsen (Galen Erso) entre outros.

Esta história de Star Wars tem um tom trágico que vai ao âmbago da mais crispante rebeldia, para daí tocar profundamente nas emoções de todos os fãs da saga, com momentos de pura adrenalina, de êxtase, de choque, e de superação a cada passo dado, sendo que tem diálogos e momentos de acção icónicos, entre outras aparições que farão as delícias do público. Este é o melhor filme de Star Wars que a Disney produziu desde que tomou conta do franchise, e é um dos melhores filmes de sempre da saga. É também o meu filme preferido de 2016.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode VII - The Force Awakens (2015)

Era com alguma expectativa que se aguardava o começo de uma nova trilogia anunciada pelos estúdios Disney, depois da gigante produtora ter adquirido os direitos do franchise Star Wars a George Lucas, e assim aconteceu o Despertar da Força, realizado por J.J. Abrams, que escreveu igualmente o argumento com Lawrence Kasdan e Michael Arndt, que dava continuação a uma das mais extraordinárias sagas de Cinema de todos os tempos.

3 décadas depois da derrota do Império, uma nova ameaça ergue-se sobre a galáxia sobre a forma militar da Primeira Ordem. No entanto, um rebelde Stormtrooper chamado Finn, e uma sucateira de nome Rey, são apanhados pela Resistência que tenta desesperadamente encontrar o paradeiro de Luke Skywalker. E a partir daqui, tudo começa a ser adrenalina pura, daquela a que os fãs de Star Wars estão habituados, com diálogos eficazes, lutas e perseguições de cortar a respiração, e revelações que vão muito para além de um novo droid (BB-8), Han Solo e o seu inseparável amigo Chewbacca, e quem é na verdade um novo vilão desta trilogia, Kylo-Ren.

Alguns actores que encarnaram personagens icónicas nos antigos filmes, voltaram para esta nova aventura: Harrison Ford (Han Solo), Mark Hamill (Luke Skywalker), Carrie Fisher (Princess Leia), Anthony Daniels (C-3PO), e Peter Mayhew (Chewbacca), a que se juntaram novos e talentosos actores que dão vida às novas personagens da saga, como Adam Driver (Kylo Ren), Daisy Ridley (Rey), John Boyega (Finn), Oscar Isaac (Poe Dameron) Lupita Nyong'o (Maz Kanata), Andy Serkis (Supreme Leader Snoke), e Domhnall Gleeson (General Hux), que formam o elenco do ponto de partida para uma incrível aventura entre a luz e as trevas, entre o bem e o mal, e entre aquilo que de inexplicável tem este universo de ficção científica que fascina geração após geração.



domingo, 8 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi (1983)

O último capítulo da segundo trilogia, segundo a nova cronologia, é o meu filme preferido de Star Wars. Lembro-me de quando comecei a interessar-me por Cinema com 9 anos de idade, de este ter sido um dos primeiros filmes que aluguei, e imediatamente fiquei deslumbrado com toda a mitologia presente, as personagens, a ficção, o enredo, as cenas de acção, e a grande mensagem por detrás deste filme, que me levou a descobrir a saga, e a constatar que isto seria um amor para toda a vida.

Realizado por Richard Marquand, e escrito por Lawrence Kasda juntamente com George Lucas, a continuação desta aventura mostra-nos um jovem (mas já mestre) Jedi Skywalker mais maduro, treinado, e consciente da sua tremenda importância nesta galáxia de emoções fortes, um jovem Skywalker que não tem receio de ir numa arriscada missão até ao covil de Jabba the Hutt, enquanto os rebeles se juntam numa missão em Endor com o objectivo de destruir a Estrela da Morte. Não obstante tudo isto, Luke Skywalker ainda tem esperança de conseguir tocar o lado humano do seu pai Anakin Skywalker (James Earl Jones, a voz de Darth Vader esá melhor que nunca neste filme), e salvá-lo das garras do Imperador Palpatine.

Contando com todas as personagens icónicas que suportam o imaginário deste universo, e que estiveram presentes nos filmes anteriores, esta história é muito mais do que um simples filme de Star Wars. É uma força maior do que qualquer aventura escrita até então (falamos de 1983), e que foi nomeado para 4 Oscares (não compreendo como Hollywood não premiou isto devidamente), mas isso pouco importa, porque este capítulo ainda hoje é uma enorme referência do quão grandiosa esta saga é, e considero pessoalmente, um dos 10 melhores filmes de todos os tempos. E já agora permitam-me isto: que final extraordinário.



sábado, 7 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back (1980)

Segundo a nova cronologia, este episódio marcou a saga para sempre como uma continuação que mostrava toda a sua vitalidade, sentido de aventura, e espírito rebelde do universo criado por George Lucas, que escreveu o argumento juntamente com Leigh Brackett e Lawrence Kasdan, sendo que a realização foi delegada para Irvin Kershner.

De volta estão também as icónicas personagens desta saga, como Darth Vader (interpretado por David Prowse), Han Solo, Princess Leia, Chewbacca (interpretado por Peter Mayhew), Luke Skywalker, os droids, e acrescentando Lando Calrissian (interpretado por Billy Dee Williams), que fazem parte deste épico de ficção científica que cimentou uma posição firme no mundo do Cinema como uma das melhores sagas de sempre. Neste capítulo, depois dos rebeldes terem sido vencidos pelo Império no planeta de gelo Hoth, Luke Skywalker começa o seu treino com o mestre Yoda (com voz de Frank Oz), enquanto o restante grupo é perseguido por Darth Vader, e o caçador de prémios Boba Fett (interpretado por Jeremy Bulloch).

É com este filme que se percebe a enorme profundidade de todas estas personagens, numa galáxia que tem uma mitologia própria, cheia de momentos brilhantes de Cinema, que vão bem para além de efeitos especiais e batalhas no espaço. Tem um genuíno confronto entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, e conseguiu catapultar os filmes de ficção científica para um nível que até então não tinham conseguido atingir. Nos Oscares de 1981 ganhou o prémio para Melhor Mistura de Som, e ainda hoje este episódio de Star Wars é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode IV - A New Hope (1977)

O início de todo o universo de Star Wars, na longínqua década de 70 (segundo a nova cronologia é o episódio IV nos dias que correm), foi uma arrojada e desafiante demanda que levou as tecnologias do Cinema ao limite, e apresentou de forma esplendorosa (para a época) o mundo que mistura ficção científica com muita acção e aventura, criado por George Lucas.

Luke Skywalker junta forças com um Cavaleiro Jedi, um piloto, um Wookie, e 2 droids para tentarem salvar a galáxia da estação destruidora de mundos do Império, enquanto igualmente tentam salvar a Princesa Leia das garras do misterioso Darth Vader. Este argumento escrito por George Lucas (que também realizou o filme), foi a entrada perfeita para um universo que viria a revelar personagens icónicas ao mundo, que iriam figurar na memória de todos durante gerações, sendo que aqui encontramos muito mais do que naves espaciais, batalhas com sabres de luz, e explosões. Encontramos conflitos de ideais e Humanidade (algo que falta muito nos dias que correm).

Contando com um elenco de luxo composto por Mark Hamill (Luke Skywalker), Harrison Ford (Han Solo), Carrie Fisher (Princesa Leia), Alec Guinness (Obi-Wan Kenobi), Anthony Daniels (C-3PO), entre outros, este filme tornou-se a rampa de lançamento para uma saga que viria a desafiar os limites da imaginação, sendo que apresentou também ao mundo um brilhante tema introdutório inserido na banda sonora composta por John Williams, que viria a figurar em cada introdução de cada um dos filmes que se viram a fazer no futuro, ficando assim conhecido como o eterno tema de Star Wars. Uma viagem extraordinária.



Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith (2005)

O último capítulo desta trilogia, segundo a nova cronologia, é um festival de emoções fortes, muita acção, e momentos verdadeiramente incríveis que à dimensão de Star Wars, tornam tudo mais complexo de ser descrito por palavras. Durante a Guerra dos Clones que já dura à 3 anos, e com os Jedi como a última esperança para a salvação da Galáxia, Anakin Skywalker começa a actuar como um agente duplo de forma a fazer a ligação entre o Concelho Jedi e o Senador Palpatine, enquanto Obi-Wan lançasse para descobrir uma terrível ameaça.

George Lucas escreveu um argumento (e realizou igualmente o filme) que tem tudo perfeitamente equilibrado entre o mais épico dos momentos, e a mais profunda das tragédias. Todas as personagens fundamentais desta trilogia tem o seu momento para brilhar, e todo o filme é comandado por um tom negro que vai ficando cada vez mais sinistro à medida que o filme vai avançando. Não é apenas um episódio feitos de grandes momentos, mas é também um reflexo do complexo Universo de Star Wars perfeitamente bem montado, com os enredos políticos, sociais, e muito sentimentos à flor da pele, tudo isto emparelhado num brilhante filme que à muito passou as fronteiras da ficção científica.

A conclusão de um episódio que à partida muitos de nós já sabíamos como iria terminar, revela-se mesmo assim um enorme colosso difícil de digerir, mas pelas melhores razões, sendo que existem aqui muitos elementos e muitas cenas que nos farão voltar a ver o filme várias vezes. Um tremendo final para esta trilogia, que é mais uma aventura extraordinária de todas as personagens centrais do filme, que é no fundo mais uma peça do puzzle que forma uma das melhores sagas de Cinema de todos os tempos.



terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode II - Attack of the Clones (2002)

O segundo episódio segundo a nova cronologia, transporta-nos para uma altura em que Anakin Skywalker já tem mais 10 anos, e já é um aprendiz Jedi sobre o comando de Obi-Wan Kenobi. Enquanto Anakin vive um romance escondido com Padmé Amidala, Obi-Wan investiga uma tentativa de assassinato ao senador, e através da sua investigação descobre um intrigante e misterioso exército de clones.

George Lucas voltou a realizar e a escrever (juntamente com Jonathan Hales) esta maravilhosa aventura cheia de reviravoltas, momentos incríveis de tensão, e uma boa dose de grandes cenas de acção que aliam ficção científica à mais refinada acção. As personagens centrais do anterior episódio transitaram para este, sendo que agora Anakin Skywalker é interpretado por Hayden Christensen, e mostra um aprendiz Jedi que começa igualmente a entender o seu papel em todo este conflito, e a ter noção do seu tremendo potencial. Christopher Lee como Count Dooku / Darth Tyranus, e Samuel L. Jackson como Mace Windu, dão igualmente toda uma outra profundidade a este episódio.

É mais uma história que prova novamente porque Star Wars é muito mais do que um simples filme de ficção científica, ou mais do que um banal filme de acção. Este episódio particularmente é uma autêntica prova de superação de várias personagens, cujo objectivo é maior que a vida, sendo que há outras personagens que se revelam uma agradável surpresa. Um filme que lança a rede perfeita para aquilo que será o último episódio desta trilogia.



domingo, 1 de dezembro de 2019

Star Wars: Episode I - The Phantom Menace (1999)

Segundo a nova cronologia, a ameaça fantasma abriu as hostilidades de uma das melhores sagas de Cinema de sempre. Num universo submerso pela tensão e pelo terror de um tirano Império, 2 Jedi encontram um miúdo de nome Anakin Skywalker num planeta distante, cujas habilidades pode trazer um equilíbrio essencial à "Força". É a partir daqui que tudo se desenvolve numa enorme aventura, que alia fantasia e acção de forma tremenda à ficção científica criada, escrita e realizada por George Lucas.

Liam Neeson (Qui-Gon Jinn), Ewan McGregor (Obi-Wan Kenobi, uma das icónicas personagens do franchise), Natalie Portman (Queen Amidala / Padmé), e Ian McDiarmid (Senator Palpatine, outra personagem icónica de Star Wars), são alguns dos actores de um extenso elenco que dá vida a este Universo que apaixonou milhões de pessoas ao longo dos anos, em que não foram esquecidos os droids, as lutas de sabre de luz, as naves espaciais, e todo o ambiente de um franchise que é muito do que um simples franchise. É uma representação das nossas batalhas diárias num Universo bem distante daqui.

George Lucas ao expandir a Guerra das Estrelas desta forma, deu uma profundidade incrível à linhagem Skywalker, explorou outros mundos ligados à política e às manobras de diversão das instâncias presentes, e mostrou igualmente como Oki-Wan Kenobi é uma personagem importantíssima em todo o desenvolvimento quer do filme, quer dos futuros capítulos. O início de uma viagem fantástica.



sábado, 30 de novembro de 2019

The Irishman (2019)

Crime e drama dançam um tango maravilhoso num salão onde o retrato biográfico de um executor da máfia, é uma retrospectiva cuja viagem mostra uma lustrosa projecção de uma grande história de gangsters, com os condimentos certos que uma grande história de vida deve ter: referências à sua época, diálogos icónicos, e um argumento tão bem afinado como as personagens deste filme, que retrata a corrupção do ponto de vista humano, nunca deixando do lado a tensão e os perigosos novelos da mesma, e que rodeavam este tipo de organizações, desde as mais básicas até às mais altas instâncias.

Escrito por Steven Zaillian, e baseado no livro de Charles Brandt, Martin Scorsese (que realizou e produziu este filme juntamente com Robert De Niro) entrega ao público o "Goodfellas" do século XXI, numa versão 2.0 bem mais refinada cujo contexto histórico não foi esquecido, e esse mesmo contexto histórico mostra bem de perto a ténue linha que separa a política das organizações mafiosas que operavam na sombra. Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, destacam-se claramente de um elenco de outros (igualmente) excelentes actores que encarnaram de corpo e alma as personagens que desempenharam, nesta trama que transborda abundantemente todos os elementos a que Martin Scorsese habituou o público ao longo dos anos.

É um sinal dos tempos quando são atiradas para plataformas digitais histórias fabulosas como esta (este filme dura 3 horas e 29 minutos), mas isso não retira nada a esta obra, que é sem dúvida um dos melhores filmes do ano. E isso até pode ter beneficiado o filme, pois através da Netflix talvez Scorsese tenha tido espaço para desenvolver esta obra tal e qual como ele a pretendia (e ele já fez vários filmes de gangsters), sem estar limitado àquilo que algum público espera de um filme numa sala de Cinema, ou até mesmo à condensação que algum Cinema hoje em dia exige. Ganharam todos: o Cinema como arte, a plataforma digital que apostou nisto, e claro, nós público por podemos testemunhar mais um grande filme de Martin Scorsese.



segunda-feira, 25 de novembro de 2019

The Hobbit: The Battle of the Five Armies (2014)

O derradeiro capítulo da saga de Bilbo Baggins e companhia, é um ciclo que encerra uma era de Cinema em que tivemos de volta um pouco daquilo que foi o Lord of The Rings, sem ser exactamente isso, pois esta saga teve uma alma própria que viveu muito das personagens que rodearam o Hobbit, e que culminou na época batalha dos 5 exércitos que Peter Jackson tão brilhantemente reproduziu com a sua equipa que trabalhou afincadamente neste projecto.

Este filme não sendo maior do que se esperava, tem todos os condimentos que os fãs da obra de J.R.R. Tolkien podem esperar, com emoções no limite, grandes cenas de batalha, diálogos condizentes com a dimensão de um projecto desta envergadura, e um argumento adaptado às necessidades do filme, que contou novamente com o grandioso elenco dos anteriores filmes da saga Hobbit, e alguns que também estiveram no Lord of the Rings.

Peter Jackson já tinha ganho um estatuto difícil de destronar com o Lord of The Rings, e com esta saga de "The Hobbit", prova mais uma vez que é um realizador perfeito para qualquer tipo de projecto megalómano que necessite de uma apurada construção, tempo para crescer no público, e sobretudo conseguir adaptar universos tremendos cheios de características, que fazem qualquer um ficar deslumbrado com o que vai assistir. Não sendo uma saga perfeita como Lord of The Rings, The Hobbit é sem dúvida um excelente complemento.



domingo, 24 de novembro de 2019

The Hobbit: The Desolation of Smaug (2013)

O segundo capítulo da viagem de Bilbo Baggins, os duendes liderados por Thorin, e Gandalf O Cinzento, é uma demanda por acção em relação ao filme anterior de The Hobbit, em que a fantasia e os elementos mais característicos da obra de J.R.R. Tolkien que vieram a dar corpo mais tarde ao The Lord of The Rings, estão claramente a sair da sombra e a tomar formas de contornos mais épicos.

Peter Jackson manteve a sua equipa de argumentistas, e isso permitiu uma orgânica exploração da obra sem grandes sobressaltos, e isso nota-se durante durante todo o filme, em que um dos muitos pontos altos, é o dragão Smaug. Nunca na história do Cinema se conseguiu criar um dragão com tamanha personalidade e imponência, dragão que teve como voz Benedict Cumberbatch, sendo que o elenco do anterior filme aparece muito mais unido neste segundo capítulo. Neste segundo filme aparecem igualmente algumas personagens novas como Tauriel interpretada por Evangeline Lilly (foi com este filme que descobri esta maravilhosa actriz), Bard interpretado por Luke Evans, entre outras surpresas. 

A Desolação de Smaug é Tolkien em estado puro, um tesouro para qualquer fã da obra The Hobbit, e abre claramente o apetite para a última jornada, sendo que para já a grande riqueza deste segundo filme foi dissipar algumas dúvidas do público em torno do projecto em relação ao primeiro filme (se é que elas existiam eventualmente). Inquestionavelmente fascinante.


sábado, 23 de novembro de 2019

The Hobbit: An Unexpected Journey (2012)

Este é o primeiro capítulo de uma saga um pouco mal amada pela crítica, e também por algum público. Sinceramente, não entendo o porquê, porque muito do que está neste filme, é um excelente ponto de partida para o prato principal que foi "Lord of The Rings", e quem conhece a obra de J.R.R. Tolkien, sabe o quanto ""The Hobbit" é um conto importante no desenvolvimento deste universo.

Bilbo Baggins, um relutante Hobbit que tem uma vida pacífica no Shire, junta-se a um grupo de Duendes na sua aventura em direcção à Montanha Solitária, no sentido de reclamar de novo o seu lar, e o ouro de gerações anteriores, das garras do dragão Smaug. Mais uma vez chamaram Peter Jackson para realizar 3 novos filmes, baseados nesta demanda que contou na escrita do argumento com Fran Walsh, Philippa Boyens, e Guillermo del Toro para além do próprio Peter Jackson. De volta também está Ian McKellen no papel de Gandalf, Andy Serkis no papel de Gollum, entre outras surpresas que estão presentes no decorrer do filme.

Aventura, fantasia, e momentos épicos de acção esperam o espectador nesta inesperada viagem, cujo andamento vai ficando mais interessante à medida que o filme vai avançando, dando igualmente uma outra dimensão a personagens que não tiveram espaço para crescer no Lord of the Rings. Martin Freeman como Bilbo Baggins, e Richard Armitage como Thorin, são igualmente as grandes atracções em termos de representação desta película que é muito mais do que simplesmente espremer uma laranja. É o início de uma grande história, que tem na minha opinião, uma grande canção também: Misty Mountains (Cold).



domingo, 17 de novembro de 2019

The Lord of the Rings: The Return of the King (2003)

O último capítulo que viria a consagrar Lord of The Rings como a melhor saga de Cinema de todos os tempos, apresenta Gandalf e Aragon como líderes do mundo dos Homens contra o exército de Sauron, isto tudo a acontecer à medida que os hobbits Frodo e Sam se aproximam do Monte Doom com o Anel. Mais uma vez, Peter Jackson e a sua incansável equipa, conseguiram uma adaptação o mais fiel possível da obra de J.R.R. Tolkien, num apogeu digno de reconhecimento como um enorme filme, que alia fantasia à mais destemida de todas as aventuras.

Com um elenco que se adaptou de forma ideal a estas personagens, as estonteantes 4 horas de filme (estou a falar do extended cut) são uma delícia para qualquer amante de Cinema, com momentos de conclusão que nos fazem render todos os elogios que podemos dar a uma obra com esta envergadura, que levou 11, repito, 11 Oscares numa só noite para casa (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Edição, Melhor Cenário, Melhor Guarda Roupa, Melhor Maquilhagem, Melhor Banda Sonora, Melhor Canção, Melhor Mistura de Som, e Melhores Efeitos Especiais), recorde que ainda hoje detém, e que é o culminante reconhecimento da grandiosa saga que Peter Jackson realizou, e escreveu com a sua equipa de argumentistas (Fran Walsh e Philippa Boyens), sendo que ajudou também a fazer chegar ao grande público a obra de J.R.R. Tolkien.

Esta conclusão é um triunfante colosso de Cinema no seu estado mais apoteótico, em que todas as estrelas neste Universo estão alinhadas de forma a que o espectador não tenha um um único momento em que pisque o olho para perder a acção, entre grandes batalhas, diálogos incríveis, cenários estonteantes, e momentos de cortar a respiração. É reconhecido como um dos melhores filmes de todos os tempos, e ainda bem, não só pelo público como pela crítica, sendo que arrebatou muitos outros prémios em festivais de Cinema por onde passou. Um obra obrigatória para qualquer amante da sétima arte, e um dos meus filmes de eleição de sempre. Perfeito.



sábado, 16 de novembro de 2019

The Lord of the Rings: The Two Towers (2002)

A fasquia e excitação para o segundo episódio desta aventura estava elevada depois do primeiro filme, e Peter Jackson juntamente com a sua brilhante equipa mantiveram muita da magia e emoção vindas do primeiro episódio intactas para este segundo capitulo da saga, em que os Hobbits Frodo e Sam com a ajuda do manhoso Gollum, continuam a sua determinada e arriscada viagem até Mordor, enquanto a restante Irmandade se organiza para combater o novo aliado de Sauron, o feiticeiro Saruman e as hordas de Isengard.

Todo o elenco do primeiro filme se manteve, sendo que mais algum foi acrescentado para esta continuação de onde destaco Miranda Otto, Karl Urban, David Wenham, e Bernard Hill. Emoções fantásticas, criaturas místicas, diálogos perfeitos, tragédias, e momentos de batalha épicos coexistem lado a lado numa brilhante epopeia, mais uma vez, adaptada de forma extraordinária, e que por certo agradará quer aos fãs que já estão familiarizados com a obra de J.R.R. Tolkien, quer aqueles que ainda não a conhecem, ou nem conhecem o primeiro filme (se é que isto é possível).

Vencedor de dois Oscares para Melhores Efeitos Especiais, e Melhor Edição de Som (já agora, a banda sonora é excelente), é um filme que começa a ganhar um lado mais negro e bélico em relação ao primeiro capítulo, em que as personagens navegam por águas mais agitadas, cujas visões são mais negras em relação ao seu próprio futuro, e em que tudo começa a ser questionado à medida que a trama avança. No fundo, este filme é a continuação da aventura que elevou o Cinema de fantasia a níveis épicos difíceis de atingir. Uma verdadeira epopeia cuja jornada de emoções tremendas que esperam o espectador, abre caminho para o grande desfecho, sendo que esta continuação também é, na minha opinião, um dos melhores filmes de sempre.



sexta-feira, 15 de novembro de 2019

The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring (2001)

A obra prima da literatura de J.R.R. Tolkien, que se veio a tornar igualmente a obra prima cinematográfica do realizador Peter Jackson, revolucionou de forma colossal o Cinema de fantasia, e levou a palavra aventura a níveis nunca dantes explorados por um cineasta ao adaptar uma obra desta envergadura ao grande ecrã. Este filme é a primeira parte de uma saga que salivava por glória, e mal imaginava eu na altura que saí da sala de Cinema, que essa mesma glória lhe seria reconhecida merecidamente (e nós Cinéfilos sabemos que nem sempre assim é).

Esta história de irmandade, coragem, paixão e determinação, conta-nos o começo da viagem de Frodo, um anão do Shire, que juntamente com os seus oito companheiros têm como missão destruir um todo poderoso anel, salvando a Terra Média do Senhor Negro Sauron. Esta primeira parte da jornada cinematográfica que é Lord of The Rings, é apenas a ponta de um enorme icebergue de proporções épicas, cujo drama e acção são de uma dimensão tais, que arrisco a dizer, poucas vezes foram conseguidas adaptações tão perfeitas do livro ao Cinema (e esta foi das mais complexas, devido ao enorme mundo que J.R.R. Tolkien construiu para servir de base a esta epopeia).

Contando com um argumento escrito por Fran Walsh, Philippa Boyens, e pelo próprio Peter Jackson, e também com um elenco de luxo composto por Sean Bean, Cate Blanchett, Orlando Bloom, Christopher Lee, Andy Serkis, Ian McKellen, Viggo Mortensen, Liv Tyler, Elijah Wood, entre outros, este começo fulgurante da perigosa jornada desta irmandade, transporta o espectador para mundos que tanto podem ser de sonho como de pesadelo, sendo que as personagens tanto são estranhas como fascinantes, e essa é talvez a grande magia desta saga: o fascínio que ela desperta em cada um de nós, não só amantes de Cinema, mas também amantes de uma extraordinária aventura que nos leva para outros mundos bem distantes daqui. Este primeiro capítulo da saga levou 4 Oscares para o Shire (Melhor Cinematografia, Melhor Maquilhagem, Melhor Banda Sonora Original, e Melhores Efeitos Especiais). Um dos melhores filmes de sempre.



sábado, 9 de novembro de 2019

Coraline (2009)

Henry Selick que realizou Nightmare Before Christmas, voltou a realizar um filme de animação que me surpreendeu pela positiva, num tom um pouco mais leve, mas com técnicas de animação mais afinadas. Coraline é a história de uma menina de 11 anos que através de uma porta secreta, descobre um mundo que vai de encontro aos seus desejos, mas mal ela sabe que esse mundo esconde segredos sinistros.

A fantasia deste filme é tão estranha como intrigante, e o espectador imediatamente repara nas influências não directas de Tim Burton, numa trama que vai cozinhando lentamente em lume brando, sem avanços bruscos ou desnecessários, sendo que Henry Selick que escreveu o argumento baseado no livro de Neil Gaiman, teceu um conto visualmente impressionante, com tonalidades mais cinzentas aqui e acolá, e com o colorido necessário em outros pontos em que a acção avança de forma suave.

Contando com as vozes de Dakota Fanning, Teri Hatcher, John Hodgman, entre outros, e nomeado para os Oscares na categoria de Melhor Filme de Animação, Coraline é um conto sobre ter cuidado com o que se deseja, porque o mundo vive de aparências, e as aparências iludem muito. É preciso ver para crer.



sábado, 2 de novembro de 2019

Halloween (2018)

Fez no passado dia 31 de Outubro, 1 ano desde que assisti a esta continuação de Halloween, que estreou em 2018, continuando a história de Laurie Strode que confronta o maior de todos os seus medos: o aguardado regresso depois de largos anos de Michael Myers, o mascarado que assombrou a sua casa na noite de Halloween exactamente à 40 anos atrás.

Este filme não vive só à volta do saudosismo próprio de uma espécie de "remake", que não o é, mas vive muito da essência dos 2 primeiros filmes da saga, onde estão a referências mais importantes deste franchise, onde agora ao final de décadas foi feita uma continuação à altura do nível desta saga, criada por John Carpenter (que também participou na escrita deste argumento). David Gordon Green encarregou-se da realização de um conto de terror em que vemos Michael Myers (o mal absoluto) mais contundente que nunca, uma Jamie Lee Curtis que não perdeu a sua Laurie Strode num beco qualquer, e em que temos todo o ambiente de cortar à faca de um bom velho "slasher" que na verdade criou todo os "slashers" que vieram a seguir.

Mais do que um filme óptimo para ver no Halloween (ou em qualquer outra altura no escuro), é a devolução da credibilidade a esta saga, com elementos tão simples como eficazes, e que em suma, resultam num filme de terror que voltaremos a ver com agradado tal como os 2 primeiros. A banda sonora original presente no filme, continua arrepiante 40 anos depois.



segunda-feira, 28 de outubro de 2019

The Nightmare Before Christmas (1993)

Este filme de animação abriu-me as portas ao estranho e intrigante mundo criado por Tim Burton, numa altura em que ainda extremamente jovem, estava a descobrir o que era o Cinema. Esta delirante história que alia fantasia a um soturno mas alegre lugar em que todas as criaturas mortas "vivem", conta a história de Jack, o Rei das Abóboras, na sua atribulada descoberta da Cidade do Natal, sendo que este vem de um outro lugar chamado a Terra do Halloween.

A doce confusão, e a ingénua mas curiosa demanda de Jack, é algo que alia comédia a uma tragédia de proporções inesperadas e divertidas, sendo que a animação revolucionária para a época espanta pela sua qualidade, que aliada um excelente argumento escrito por Tim Burton (na minha opinião, o melhor argumento escrito por ele), juntamente com Michael McDowell, e Caroline Thompson demonstra que durante a sua hora e 16 minutos, esta bizarra animação fluiu de forma perfeita, e arrepia igualmente de forma leve mas eficaz, lançando um feitiço sobre o espectador, muito também graças à perfeita banda sonora criada por Danny Elfman, que não cria só um ambiente para as cenas, mas deixa as personagens crescer, e ter o seu próprio momento musical num filme cheio de excelente canções.

Realizado por Henry Selick, e nomeado para os Oscares (categoria de Melhores Efeitos Visuais), é um filme que se tornou um culto dentro do género, e que aquando da celebração dos seus 25 anos de lançamento em 2018, voltou a verificar-se o impacto desta história afecto ao Cinema da Disney, e não só. Na minha opinião, é o melhor filme de animação que já vi, com a particularidade de ser óptimo para ver no Halloween, ou até mesmo no Natal, e que talvez daqui por 25 anos continuará um marco na história dos filmes de animação.



domingo, 27 de outubro de 2019

Corpse Bride (2005)

Depois de muitos anos afastado das animações, Tim Burton regressou à realização (juntamente com Mike Johnson), e apresenta este Corpse Bride, durante a sua hora e 17 minutos traz de volta muito daquele estranho, sombrio e fascinante mundo que apenas alguém como Tim Burton consegue entregar.

Este argumento escrito por Carlos Grangel, John August, Caroline Thompson, Pamela Pettler, e também pelo próprio Tim Burton, conta-nos a história de uma noiva que foi assassinada no passado, e que apenas voltaria à vida após um noivo efectuar votos de amor eterno. Bom, e a partir daqui o festim de emoções de uma história que é uma homenagem ao ideal de amor para sempre, ganha contornos tão doces como surpreendentes.

Contando com as vozes de Johnny Depp (Victor Van Dort), Helena Bonham Carter (Corpse Bride), Emily Watson (Victoria Everglot), Paul Whitehouse (William Van Dort), e Christopher Lee (Pastor Galswells), este filme que foi nomeado para os Oscares (categoria de Melhor Filme de Animação), tem uma banda sonora fantástica escrita por Danny Elfman, que engrandece ainda mais um conto dramático, com um pouco de humor negro à mistura, que se tornou um dos melhores filmes de animação de sempre.



quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Frankenweenie (2012)

Tim Burton é um realizador prolífero em histórias que têm tanto de estranho como de fantástico, e este Frankenweenie não é excepção. Este filme de animação a preto e branco que conta a história de um rapaz que tenta dar vida ao seu cão defunto, após um grave acidente, nesta película em jeito de homenagem a todos os nossos animais de estimação que viverão para sempre em cada um de nós, e que tornaram tantas vezes os dias menos cinzentos.

Escrito pelo mesmo Tim Burton com a ajuda também de Leonard Ripps, este ternurento filme junta drama e humor negro numa mistura de emoções fortes, não estivéssemos a falar do apego que normalmente uma criança tem ao seu animal de estimação. E são as várias peripécias que vão acontecendo que dão tonalidade ao filme, mesmo este sendo a preto e branco.

Nomeado para os Oscares na categoria de Melhor Filme de Animação em 2013, continua a ser um dos melhores filmes do género a que já assisti, que conta com as vozes de Catherine O'Hara (Mrs. Frankenstein), Martin Short (Mr. Frankenstein), Martin Landau (Mr. Rzykruski), Winona Ryder (Elsa Van Helsing ), e Charlie Tahan (Victor Frankenstein).



quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Interview With the Vampire (1994)

Se existe uma entrevista de vida tão marcante na história do Cinema, como épica, é sem dúvida a história da vida depois da morte de Louis, um vampiro que nos traz um conto sobre amor, traição, solidão, e fome em tempos longínquos. E não é só no argumento escrito por Anne Rice (baseado na obra da mesma), que este filme ganha toda uma dimensão diferente, que vai bem para além do normal conto de terror, onde encontramos drama, escolhas perturbantes, e até vingança.

Nota-se claramente o afinco de Anne Rice em transcrever da melhor forma, a sua própria obra das páginas dos livros para o grande ecrã, sendo que não podemos esquecer que a realização de Neil Jordan proporciona uma experiência incrível através do passado dramático deste vampiro. O filme não ganha só pelo fascinante argumento, e pelo ambiente absolutamente sedutor do mesmo, mas também vence no elenco reunido cheio de fantásticas interpretações levadas a cabo por Brad Pitt, Tom Cruise, Kirsten Dunst, Antonio Banderas, e Christian Slater.

Nomeado para os Oscares, mas não esquecido por outros grandes festivais de Cinema (ora premiado, ora nomeado), é um filme que sem dúvida marcou os anos 90, que considero um dos melhores contos do género, e cuja negritude do mesmo não encerra a fluidez da narração ao longo desta viagem pela eternidade, em que os vampiros vão de encontro ao que podemos imaginar, dentro das características de cada personagem. Se existe filme que vai ficar mesmo para a eternidade, é esta fascinante entrevista, que para além disso, é um dos melhores filmes de sempre.



terça-feira, 15 de outubro de 2019

Bram Stocker's Dracula (1992)

Um dos filmes ícone dos anos 90, que me fez despertar o gosto não só por Cinema desde jovem, mas igualmente por filmes de Terror, é esta fantástica adaptação do livro de Bram Stocker, Dracula. Muito diferente das normais películas de romance, este filme que partilha ambos os ambientes de um filme de horror, e de um filme romântico, é uma história crepitante de uma das figuras mais tenebrosas e míticas do universo do fantástico, o Conde Drácula, apresentada de uma forma absolutamente brilhante pelo realizador Francis Ford Coppola.

Escrito por James V. Hart, este fascinante argumento apresenta a história do conde da Transilvânia que viaja até Londres para seduzir aquela que acredita ser a reencarnação do seu antigo amor de outra época, e a partir daqui todo o filme ganha uma outra dimensão bem para além daquilo que o comum filme de terror / romance pode conter. Contando com um elenco de luxo composto por Gary Oldman (o melhor Drácula que já vi até hoje), Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Tom Waits, e Monica Bellucci, é um luxuoso e sedutor conto que gota a gota se vai apoderando do espectador, e que sub-conscientemente o envolve numa penumbra de difícil de resistir, com uma energia própria vinda dos planos e cenários do filme, com os actores a darem muito de si a estas personagens. 

Vencedor de 3 Oscares (Melhor Maquilhagem, Melhores Efeitos, e Melhor Guarda Roupa), entre tantos outros prémios e nomeações, este filme eleva a figura de Drácula a um nível palpável de excelência, exuberante na sua frieza, assim como quente no seu despertar de sentidos no espectador. Um filme intemporal e à falta de melhor descrição, é numa palavra todo ele extraordinário.



sábado, 12 de outubro de 2019

The Crow (1994)

Este ícone cinematográfico dos 90's celebra 25 anos do seu lançamento este ano, e foi sem dúvidas um dos melhores filmes que alguma vez vi. Baseado nas bandas desenhadas por James O'Barr, e com um argumento escrito por David J. Schow, conta uma história de vingança de um jovem que foi ressuscitado após um brutal assassinato, para que essa personagem possa vingar a sua noiva.

O simples argumento tornou-se a plataforma para um filme que atingiu o estatuto de culto, muito devido à interpretação de Brandon Lee, e às influências underground com que o filme foi polvilhado, desde o ambiente sortudo e místico da história, até à banda sonora que catapulta o filme para um outro nível de brilhantismo, que no fundo é romance trágico com uma cavalgante jornada de excelentes diálogos, e agonia constante.

Existe uma beleza tremendamente frágil neste clássico realizado por Alex Proyas, filme cuja personagem tornou-se das mais amaldiçoadas da história do Cinema, e talvez isso ainda tenha dado mais força a esta obra, que respira muito dessa aura negra, mas ao mesmo tempo apaixonante. Um fantástico filme que ganhou alguns prémios, mas que melhor que isso, ganhou sobretudo o reconhecimento do público como uma obra intemporal cheia de estilo, conceito, e violentamente encantadora. Uma visualização nostálgica que é sempre bem vinda.



quinta-feira, 10 de outubro de 2019

The Conjuring 2 (2016)

Confesso que era com alguma expectativa que aguardava este segundo capítulo de The Conjuring, pois acho que neste franchise se encontra aquilo que para mim é a verdadeira essência dos filmes de terror, que durante algum tempo ando por aí perdida. James Wan voltou mais uma vez a realizar o filme, e contou novamente com a dupla Chad Hayes e Carey W. Hayes para escrever este brilhante argumento. Vera Farmiga e Patrick Wilson também voltaram como protagonistas principais desta lição de Cinema de terror.

Segundo capítulo baseado numa história verídica dos investigadores Ed e Lorraine Warren, que desta vez viajam até Londres, em auxílio de uma mãe com 4 filhos, cuja casa está infestada por um espírito paranormal. Muitas mecânicas do primeiro filme estão reflectidas neste segundo, mas com um refinado suspense e tensão ainda mais assustadores e intrigantes, muito também devido às assombrações, e à forma como elas estão dispostas, como aparentam, e para ficar tudo ainda mais negro, a forma como se manifestam.

Continua a ser difícil arranjar palavras para descrever o quão bons são ambos os filmes, e este não fica atrás do primeiro, sendo que espero sinceramente que esta saga se venha a repetir por muitos anos, pois assombrações com este nível de intensidade em filmes de terror são raras nos dias que correm, e o universo The Conjuring tem uma aura maligna muito própria para moldar este género de forma tão natural, que se poderá tornar uma das grandes influências deste género, assim como um marco no Cinema em si, devido à quantidade de coisas que existem para explorar neste universo, como a qualidade imprimida nos mesmos. Durmam bem depois disto, se conseguirem.



terça-feira, 8 de outubro de 2019

The Conjuring (2013)

Numa altura em andava sem grandes estímulos para ver Cinema de terror, e quando pensava que dentro deste género já pouco haveria a fazer que me pudesse surpreender, eis que aparece este "The Conjuring", realizado por James Wan (curiosamente um realizador que com o tempo viria a seguir o trabalho), que me surpreendeu não só pela positiva, mas também pela arrojada forma como todo o filme foi montado para ser uma experiência profundamente marcante.

Este argumento baseado a história de um dos casos mais bizarros dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, escrito pela dupla Chad Hayes e Carey W. Hayes, conta a história de uma família que decide mudar-se para uma enorme casa no interior, e é aqui que as presenças que começam a assombrar a família se manifestam. Parece mais do mesmo, mas as surpresas que se vão desenrolando ao longo da película, e a forma como todos os planos do filme estão feitos, dão todo um novo folgo a este género que parecia estagnado.

Contando com Patrick Wilson e Vera Farmiga nos papéis principais, este agoniante conto de horror é uma espécie de Amytiville, mas com muito mais pormenores tenebrosos, e com muito mais profundidade, que não passou ao lado da crítica, e que arrebatou vários prémios, entre outras nomeações em festivais de Cinema por esse mundo fora. Este é daqueles filmes de terror que já tem estatuto de culto, mas vê-lo com ou sem cautela, é uma escolha vossa.



quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Joker (2019)

Esta tragédia é uma viagem insana ao sub-consciente do ser humano, àqueles lugares negros bem afastados da luz, onde tudo são trevas que desencadeiam um processo de descarrilamento com emoções à flor da pele, de um personagem doentio chamado Arthur Fleck que acrescenta a esta recriação de Joker (um dos maiores vilões da DC Comics), algo que os outros não tinham: Humanidade. Que filme tremendo, onde vi muitas influências de Scorcese, sem esquecer uma banda sonora eficaz, e cuja edição é feita de uma nostalgia própria a pensar em quem também ama Cinema.

Esquecido pela sociedade, um comediante vê-se a braços com a dificuldade de suceder na sua profissão, e é aqui que começamos a perceber o assombroso alcance de Joaquin Phoenix como actor, aquando da descida vertiginosa da sua personagem ao abismo, e que em todas as fases da sua interpretação faz ora vibrar o espectador, ora o faz contemplar o ecrã de forma a sentirmos uma certa empatia por este dramatismo da anarquia. Não obstante de ser um drama, tem um lado rebelde que é um esmagamento vil do que é comum neste tipo de filmes, com uma perturbadora intenção de se tornar um pesadelo vivido a sangue frio em certos momentos.

Todd Phillips (que tem no seu currículo várias comédias como A Ressaca por exemplo), ascende com esta sua visão de Joker a pensar claramente em Joaquin Phoenix, ao patamar de grande realizador. Também ele juntamente com Scott Silver, escreveu este intrigante mas extraordinário argumento. O filme conta também com papéis fantásticos de Robert De Niro, Zazie Beetz, Frances Conroy, e Brett Cullen, que concedem a esta espiral de loucura, e a esta luta de pobres contra os ricos, os tons que a personagem central precisava à sua volta. Um sufocante foguete feito de choque e desespero, que confunde, provoca, e nos faz questionar sobre a nossa condição humana. Espero contudo que sorriam, e façam uma cara feliz.