terça-feira, 11 de agosto de 2020

V for Vendetta (2005)

James McTeigue na minha opinião, realizou um dos filmes mais visionários de sempre, escrito pelas irmãs Wachowski Brothers. Num futuro mais ou menos distante, um regime tirano lidera a Grã-Bretanha, mas contra a sua opressão, existe um herói que se move nas sombras, em luta pela liberdade conhecido como V, que com a ajuda de uma jovem, tenta executar um golpe de estado que libertará o povo Britânico.

Parece um filme banal, com um conceito de um qualquer filme de super heróis, mas é tão mais do que isso. É um acordar para os perigos de deixarmos resvalar um dos bens mais preciosos que se tem, que é a Liberdade, para a lama da opressão. Natalie Portman e Hugo Weaving são os principais actores no centro de uma trama contra um gigantesco inimigo, que na verdade é um conjunto deles. Tem a capacidade de mexer com o público nos sítios certos, e de ser um despertar de consciência quando os discursos políticos já não encontram saídas vaiáveis.

Muita acção, a quantidade certa de drama, e frases absolutamente icónicas que fariam corar muitas punchlines do Cinema de acção e aventura, é o que se pode esperar de uma grandiosa ode à Revolução, ao espírito indomável da Liberdade, e do conceito de Democracia que este filme nos transmite, e que foi reconhecido com imensas nomeações em vários festivais de Cinema. É considerado igualmente um dos melhores filmes de sempre (injustamente esquecido pela Academia talvez devido ao seu conceito de filme de super herói), mas em bom abono da verdade, nunca será demais lembrar o 5 de Novembro.

V for Vendetta on IMDB


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

The Big Lebowski (1998)

Se a comédia tivesse o nome de um filme, com todo o discurso orientado no sentido de criar algo que não fosse apenas genuína palhaçada, mas também uma história à volta de uma personagem que se veio a tornar icónica com os anos, aliado a um argumento extraordinariamente bem escrito pelos irmãos Cohen (que também realizaram o filme), então esse filme é O Grande Lebowski.

Os diálogos por muito simples e rudimentares que sejam, são a linguagem necessária de um filme que conta a história de como um tipo banal e pacato, que se vê confundido com um magnata com o mesmo nome, sendo que é apanhado por causa disso num imbróglio por causa de dinheiro. Por entre jogos de bowling e white caucasians, conta com os seus dois amigos mais próximos para resolver toda a confusão que se vai desenrolando ao longo do filme, junto do magnata com quem a relação não é propriamente a melhor. Cheio de frases geniais, momentos hilariantes, e uma desconcertante calma que envolve a personagem, Jeff Bridges é bem capaz de ter tido com este filme, o papel da sua vida, ou pelo menos, aquele papel que o vai marcar para sempre junto do grande público, sendo que o filme conta igualmente com as actuações brilhantes de John Goodman, e Julianne Moore.

Esta comédia teve ainda honras de nomeação em vários festivais de Cinema, o que prova que por vezes o parente pobre da 7ª arte, não é apenas um recurso a ser usado aqui e acolá em filmes de outros géneros. Pode ser em toda a sua extensão, um género por si só com enorme qualidade, e tivemos vários exemplos disso nos anos 90, exemplos esses de que falarei em crónicas futuras.

The Big Lebowski on IMDB