quarta-feira, 15 de abril de 2020

Red Sparrow (2018)

Numa Europa mergulhada por num clima de tensão e de Guerra Fria, a bailarina Dominika Egorova é recrutada para a escola dos Pardais, uma organização secreta Russa, que treina as suas recrutas de forma dura, mas também de forma a usarem o seu corpo como arma para conseguirem os seus objectivos.

Francis Lawrence dirigiu um filme escrito por Justin Haythe que mostra a dura realidade do perigoso mundo da espionagem, onde toda a informação que sirva para tramar uma organização / País / em nome do poder e do dinheiro depois de um período complicado da história, era vital para qualquer negociata na sombra das instâncias políticas. Jennifer Lawrence tem um dos papéis mais desafiantes de sempre, se não mesmo o mais desafiante até agora da sua carreira, num drama onde acção e thriller dançam um intrínseco tango no fio da navalha.

É na minha opinião um dos melhores filmes de 2018, que prende imediatamente o espectador no seu clima tenso e pesado. Baseado na obra de Jason Matthews, um ex agente que trabalhou durante 33 anos na CIA, este filme sobre espionagem é baseado no primeiro livro da trilogia que viria a lançar, que tem por base alguma da sua experiência como ex agente.


terça-feira, 14 de abril de 2020

Mother! (2017)

Darren Aronofsky escreveu e realizou um dos filmes mais polémicos de 2017, sendo que a película deambula entre um misterioso drama familiar sobre uma família perfeita que vive na mais profunda tranquilidade, e um inquieto teste quando estranhos convidados começam a invadir a sua casa, passando rapidamente de um filme ameno, para um clima de horror e suspense. Sinceramente, achei um dos mais corajosos argumentos que alguma vez foi adaptado ao Cinema.

Jennifer Lawrence e Javier Bardem demonstram neste filme uma estranha cumplicidade com as suas personagens, que são levadas ao limite, sendo que Ed Harris e Michelle Pfeiffer apimentam de forma perturbadora todo o desenrolar da acção com as suas intrigantes personagens, numa viagem entre o angelical e o tenebroso mundo de uma relação conjugal. Recordo-me de que na sessão a que fui, houve gente a sair a meio do filme, ou porque não estavam a gostar do que estavam a ver (o que entendo), ou porque não estavam a aguentar a experiência emocional.

"Mother!" é um filme visceral, sem fronteiras, e sabendo de que isto pode de facto arrancar calafrios a algum público, é muito mais no seu âmbago do que um filme feito abertamente para chocar, e os vários prémios e nomeações em vários festivais de Cinema reconhecem a qualidade, que outros se amedrontaram a reconhecer naquele que considero um dos melhores filmes de 2017. Vejam se forem capazes.



sexta-feira, 10 de abril de 2020

Robocop (1987)

1987, fixem este ano. Podem acreditar ou não, mas o realizador Paul Verhoeven travou uma das mais épicas batalhas contra a censura no Cinema para lançar a melhor versão de sempre do polícia do futuro. Uma versão crua e violenta, mas que se veio a tornar clássica, icónica, e na minha opinião, é um dos melhores filmes de acção de sempre, que mistura igualmente ficção científica, e um certo dramatismo à volta do nascimento desta personagem.

Numa Detroit mergulhada no profundo caos e no crime sem algum tipo de punição, um projecto de um robô polícia ganha forma como sendo a única forma de salvação, quer para uma cidade à beira do colapso, quer para Murphy, que depois da sua morte, se vê ressuscitado num temível e implacável ciborgue assombrado pelas suas memórias humanas. A dupla Edward Neumeier e Michael Miner escreveram um filme que poderia apenas ser uma adaptação morna de uma personagem fantástica, mas a verdade é que o filme é tão intenso como a sua personagem principal.

Caso nunca tenham visto isto, vale a pena despender um pouco de tempo e testemunhar um dos filmes de acção mais marcantes dos anos 80, e que muito contribuiu para a evolução do Cinema de acção, da própria classificação de filmes daí em diante, e começou um franchise que deu ao mundo videojogos, uma série de TV, bandas desenhadas, mais 2 filmes (esqueçamos o reboot por favor), e a saudosa frase: "Dead or alive you're coming with me".



sábado, 4 de abril de 2020

Teenage Mutant Ninja Turtles (1990)

Fez 30 anos esta semana do seu lançamento nos USA, que a dia 30 de Março de 1990 saiu o filme das tartarugas mais conhecidas não só do Cinema, mas também do mundo das bandas desenhadas, embora o filme só tenha chegado a Portugal no Natal desse ano. Todo o ambiente citadino e punk do filme, misturado com a irreverência própria de seres adolescentes que estavam aos poucos a descobrir o mundo lá fora, transformou este filme um daqueles clássicos do Cinema para um público mais jovem que sabe bem recordar.

Não existe nada de muito profundo na história de 4 jovens tartarugas que com os seus conhecimentos de artes marciais, emergem dos esgotos de Nova Iorque para combater um grupo criminoso de ninjas, mas o mais interessante neste filme são as ligações que as personagens vão criando ao longo do mesmo, e de como todo o filme foi montado com actores que vestiram fatos reais, sem recurso a CGI, e de como isso tornou o filme mais bruto e invulgarmente espectacular. No fundo, foi o que foi possível na altura fazer, e o resultado foi bem melhor do que talvez se esperasse.

Realizado por Steve Barron, e escrito pela dupla Todd W. Langen / Bobby Herbeck, para mim é um estranho filme de culto que o tempo encarregou-se de lhe dar um certo fascínio. Foi dos primeiros filmes que vi, e foi também apartir daqui que descobri os videojogos, as bandas desenhadas, e todo o incrível mundo destas tartarugas que tinham mais de humano do que muitos dos Humanos lá fora. E como foi divertido ver a evolução destas personagens ao longo dos anos. Cowabanga!