terça-feira, 30 de abril de 2019

The Shawshank Redemption (1994)

Hoje decidi recordar um dos mais extraordinários filmes de todos os tempos "The Shawshank Redemption", uma história de amizade entre 2 condenados à prisão que reconhecem os seus erros, e procuram a sua redenção através daquilo que falta hoje a muitos de nós: decência.

Escrito por Stephen King e Frank Darabont (que também realizou o filme), esta película é uma lição que até depois dos actos mais terríveis podemos aprender a viver de novo através de boas acções, num sítio tão terrível e inóspito como uma prisão. Caminhar eternamente com a culpa de se ter cometido um crime, ou um acto de extrema gravidade, é um julgamento pode atirar qualquer pessoa para um abismo sem retorno aos olhos de todos, e Tim Robbins e Morgan Freeman que representam na perfeição os papéis desses condenados, são dos duos com mais coesão que alguma vez num ecrã, a mostrar como a vida na prisão é muito mais do que uma reeducação da forma mais dura que um ser humano pode sofrer. É também a procura por uma luz ao fundo do túnel, onde ela pode na verdade já não existir.

Nomeado para 7 Óscares em categorias como "Melhor Filme", "Melhor Actor Principal" (Morgan Freeman), e "Melhor Argumento" entre outros, ainda é hoje em dia um filme que considero obrigatório de ser visto por qualquer amante de cinema, e de grandes histórias que podem eventualmente mudar a vida de alguém.



sábado, 27 de abril de 2019

Avengers: Infinity War (2018)

A imagem descreve melhor do que este camião de palavras o que foi este filme de proporções épicas. Começa a ser uma tarefa difícil encontrar palavras para descrever os filmes que a "MCU" tem vindo a apresentar devido à sua qualidade acima da média, e esta epopeia de cinema absolutamente genial não foge à regra, e propõe-se a desafiar qualquer limite, sendo que a Marvel já riscou essa palavra do seu dicionário à algum tempo. Este majestoso épico é não só aquele que pode vir a ser o filme do ano, como também a grande saga da presente década.

Todo o argumento durante duas horas e meia, flui de uma maneira tão orgânica como intensa, com tudo aquilo a que temos direito, com a fórmula ainda mais aprimorada, mais consistente, em que todas as pequenas ligações a todos os restantes pontos, estão lá. Nada foi deixado ao acaso: piscar um olho neste filme é quase imperdoável, não ficar de queixo no chão com a brilhante narrativa é quase impossível, e não existe nada feito na história da 7ª arte que prepare o espectador para isto. É um carrossel de emoções bíblicas, heroísmo elevado a níveis que não conseguimos medir com as medidas existentes e quantificadas, e para rematar: elenco de luxo. Mas, de puro luxo. A batalha de Wakanda é só das batalhas mais épicas da história do cinema, senão mesmo, a batalha da história do cinema até hoje, rivalizando com clássicos como Braveheart, Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei, e 300.

Foi a minha estreia em IMAX, e voltava neste momento para lá, e via o filme de novo, sem intervalo (tal como aconteceu), 5, 10, as vezes que fossem precisas até apanhar os pormenores todos, de tudo, de todos. Que estreia em cheio neste formato, que maravilha puder escrever este meu entusiasmo partilhado por muitos mundo fora, que prazer é pertencer aos que entendem esta paixão por filmes deste género (e que sabem o quanto isto é marcante), que sorte que é estar vivo na Golden Age dos comics, e puder ver estas sagas ganharem vida, com a qualidade que sempre tiveram, a esmagar recordes atrás de recordes, e a trazer as pessoas ao cinema de novo. Este filme foi o culminar de 10 anos de puro espectáculo, que espero que se prolongue por muito mais décadas. Venha a segunda parte em Abril de 2019, que eu vou recuperar o fôlego, depois de ter visto um dos 5 melhores filmes da minha vida.

Quero agradecer a todos os que me deixaram mensagens, comentários, ou simplesmente quiseram partilhar comigo o momento, de forma responsável. Continuem assim. Tem sido uma honra para mim ler as vossas opiniões. Hoje o mundo, conhece toda a extensão da palavra Avengers, também graças a vocês, aos outros, e a todos que estão nisto, com a mesma sensação que eu: este filme é algo de muito especial.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Avengers: Endgame (2019)

O mais aguardado filme da história da "MCU", tem à espera do público nesta recta final tudo de bombástico, tudo de nostálgico, e toda a mitologia deste Universo num pacote são de brilhantes surpresas. Tremendamente crepitante, é a conclusão da maior, e melhor na minha humilde opinião, saga da história do Cinema, e que deixa o espectador completamente submerso num cocktail de emoções fortes, que vão e vêm ao longo de 3 alucinantes horas de filme, em que não existe um único minuto a menos, ou a mais.

Os argumentistas Christopher Markus e Stephen McFeely conseguiram compilar 11 anos de frenéticas histórias, numa montanha russa de gloriosos momentos de acção e tensão, dando igualmente a possibilidade a todo o brilhante elenco que incorpora o filme, de ter o seu momento triunfante no mesmo. De referir que a realização dos Irmãos Russo, não deixa nada a desejar, não deixa nenhuma pedra por levantar, e só de pensar que estes 2 tiveram sobre os ombros a tarefa de realizar os filmes mais difíceis da história da Marvel até hoje (Captain America: Civil War, Avengers: Infinity War, e este), é o espelho da sua qualidade e da sua mestria na arte da realização. As referências às bandas desenhadas são imensas, mas o filme vai muito para além disso. É uma tempestade perfeita entre o mundo dos comics, e aquilo que o cinema "espectáculo" consegue oferecer de melhor nos dias de hoje. É uma avalanche de emoções que cortam a respiração, de tal forma que é impossível sair deste filme indiferente.

Sendo uma obra prima esmagadora, considero que é uma epopeia que tem muito mais do que um elenco em fatos de super heróis. É um impulsionador desse mesmo elenco de luxo que imprime as suas mais profundas emoções nestas personagens de forma única, sendo igualmente uma gigantesca história com efeitos visuais do mais estonteante possível, tudo a bater em picos de excelência monumentais, e se "Avengers: Infinity War" é o corpo desta saga, sem dúvida que "Avengers: Endgame" é a alma. O filme está carregado de poderosos momentos, tão geniais quanto loucos, que jogam com as emoções do público em momentos chave. É uma altura agridoce ter chegado aqui sendo que sem dúvida, se voltará a ver o filme novamente, pois os pormenores do mesmo são demasiado deliciosos para que tal assim não aconteça, tal como o último "cameo" de Stan Lee.

Que viagem épica! Que merecida salva de palmas (Oscares seriam igualmente merecidos). Obrigado Marvel. Venham mais 11 anos de intensas aventuras!

PS: Don't spoil the Endgame.



domingo, 21 de abril de 2019

Ant-Man and the Wasp (2018)

Depois de um dos filmes com menos receita de sempre da "MCU", "Ant-Man", devido talvez ao pouco conhecimento da personagem em si por parte do público, e talvez de um filme que se julgava ser melhor do que na realidade foi, eis que vários anos mais tarde se decide finalmente introduzir a "Wasp" neste "microverso" da Marvel. Recordo-me que na altura não efectuei nenhuma crónica porque não vi o filme no cinema, sendo que mais tarde vi-o no conforto do lar, e pareceu-me apropriado fazer esta crónica este mês.

A Wasp é sem dúvida a super heroína que faltava para dar aquele impulso que esta dupla precisava, e sinceramente, quer uma personagem, quer a outra, só funcionam em conjunto, e a prova disso é este filme que vai fazer com que o espectador olhe para esta aventura sem aquele estigma de: "é só mais um filme da Marvel". Sendo a Wasp claramente a alma do filme (brilhante trabalho da actriz Evangeline Lilly), todo ele na verdade ganha muito pelo fantástico argumento, e é uma história que ganha muito pela conjuntura em que é vivida, sendo que o elenco é sem dúvida bastante bom para um filme que infelizmente, pode passar despercebido a alguns. Elenco esse que conta com Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Laurence Fishburne, e claro Paul Rudd.

Porque é que "Ant-Man and the Wasp" é importante para o capítulo final dos Avengers? É verem o filme. Muito basicamente é isto. Tão simples para deixar água na boca, tão pequeno em descrição, e tão detalhado em grandeza.



sábado, 20 de abril de 2019

Thor: Ragnarok (2017)

O terceiro capítulo da saga de Thor, é talvez o mais bem conseguido, o mais coeso, e o mais solto de todos com momentos de acção tão espectaculares, como a comédia que está presente em toda a película. É um filme que também responde a algumas questões deixadas depois dos filmes "Avengers: Age of Ultron", e "Captain America: Civil War". Taika Waititi deu a esta personagem da Marvel uma roupagem bastante diferente, sendo que Chris Hemsworth aparece ao final de anos a desempenhar esta personagem, mais livre que nunca num dos mais desafiantes papéis da "MCU".

Nada neste filme foi deixado ao pormenor, desde o argumento que entrelaça os vários mundos, desde a interacção entre todas as personagens que têm muito mais do que as liga, do que na verdade as separa, até à espectacularidade dos efeitos visuais, e inclusive a banda sonora. É sem dúvida um dos mais conseguidos filmes da Marvel, sendo que o elenco conta com a primeira vilã da história da "MCU", a meia irmã de Thor "Hela", desempenhada brilhantemente por Cate Blanchett. Claro que o restante elenco é fantástico, e podem esperar grandes interpretações de Tom Hiddleston como Loki, Tessa Thompson como Valkyrie, e Jeff Goldblum como Grandmaster, entre outras surpresas, não só a nível de interpretações, como a nível de eventos que decorrem durante o filme.

Foi sem dúvida uma das grandes surpresas de 2017, um trovão que desafia os limites da imaginação,  e devido ao ambiente que mistura algo de tão retro como futurista, "Thor: Ragnarok" acaba por ser uma lufada de ar fresco na forma como foi apresentado ao público, e acaba por ser algo completamente diferente de todos os filmes de super heróis, mesmo fora do universo da Marvel. Uma viagem incrível por entre raios, trovões, e coriscos!



quinta-feira, 18 de abril de 2019

Spider-Man: Homecoming (2017)

Como grande fã da primeira trilogia de Sam Raimi com Tobey Maguire (que na minha humilde opinião continua a ser o melhor Spider-Man), sendo que jamais iremos ver a conclusão da suposta trilogia com Andrew Garfield, estava um pouco céptico em relação ao que esperar desta nova versão mais juvenil a ser incorporada na "MCU", protagonizada por Tom Holland. A grande verdade é, vale totalmente a pena.

Peter Parker vê em Tony Stark o modelo de Homem que um dia gostaria de ser, e Tony Stark vê em Peter Parker uma espécie de filho adoptivo que sonha em ser um Avenger, e trabalhar de perto com o seu ídolo, sendo que Peter ainda se encontra no colégio, e ainda está a aprender a dominar todos os aspectos de ser o Homem Aranha. É uma versão mais leve em comparação às anteriores versões, mas repleta de acção, momentos de grande tensão, comédia aos montes, e um grande vilão (Vulture), representado por Michael Keaton. Crescer sendo um adolescente à procura no seu lugar no mundo, não é fácil, mas crescer sendo que se é o Homem Aranha, e tendo o potencial que se tem, é uma viagem alucinante de emoções a transbordar à flor da pele, e é claramente o que este filme é: uma viagem alucinante por uma teia de emoções de alguém que sabe o que pretende, mas que tropeça várias vezes no caminho, como todos nós na adolescência no fundo. De referir que Marisa Tomei, é a Tia May que todos os adolescentes gostariam de ter.

No fundo, "Spider-Man: Homecoming" explora a personagem que deixou tanta água na boca em "Captain America: Civil War", sendo que é dos heróis mais acarinhados pelo público da Marvel, e com maior reputação talvez ao longo dos anos, muito antes da "MCU", e sei que os fãs não ficaram desiludidos com esta nova versão que espero sinceramente que vingue, pois embora não seja o que tinha em mente, é sem dúvida, digna de reconhecimento. O Homem Aranha foi o primeiro super herói com o qual tomei contacto quando comecei a ler bandas desenhadas, e esta personagem terá sempre um lugar especial para mim, sendo que este filme captou exactamente o que sentia quando tomei contacto com a personagem nos meus longínquos tempos de miúdo.



quarta-feira, 17 de abril de 2019

Guardians of the Galaxy Vol. 2 (2017)

Depois do primeiro filme que apresentou um bando de personagens totalmente desconhecido, mas que deixou sem dúvida o público com sede para voltar a ver este conjunto de entidades bem diferentes umas das outras, eis que uns anos mais tarde aparece este segundo filme novamente com James Gunn ao comando, e com um argumento ainda mais refinado e definido em relação ao primeiro filme.

Todos os elementos que caracterizam o primeiro filme estão aqui, mas desta vez, a formula aprimorada como todo o guião se desenrola não deixa margem para dúvidas de que os Guardiões da Galáxia são muito mais do que personagens para entrar com pequenos papéis na "MCU". A coesão de grupo, a introdução de novas personagens (e que personagens!), o estonteante mundo espacial saído da imaginação mais irreverente do visionário James Gunn, a comédia leve, a fantástica banda sonoro bem que vai às raízes da música, e os extraordinários momentos de acção, fazem deste filme uma agradável surpresa, e sem dúvida limpa aquela imagem de patinho feio do primeiro filme, que embora seja bom, é dos raros casos no cinema em que a primeira parte não supera a segunda.

Não tendo um elenco de onde se destaque uma grande actuação, tem sem dúvida o conjunto certo para que o filme resulte, e demonstra que a força do grupo é bem maior que qualquer individualidade, como provam Chris Pratt (Peter Quill / Star-Lord), Zoe Saldana (Gamora), Dave Bautista (Drax), Bradley Cooper (voz de Rocket), Michael Rooker (Yondu), Karen Gillan (Nebula), Pom Klementieff (Mantis), e as lendas Sylvester Stallone (Stakar Ogord) e Kurt Russell (Ego). Já agora, quem não achar piada ao Baby Groot nas suas várias aparições no filme, tem o mesmo sentido de humor de um calhau.



segunda-feira, 15 de abril de 2019

Doctor Strange (2016)

Eis um super herói que nunca pensei que alguém adapta-se ao cinema, devido à complexidade da personagem em si e ao mundo onde está inserido, sendo que é alguém que pode vir a ser vital no universo e desenvolvimento da "MCU", como alguém que vai dar ao público muito mais do que simples espectáculo visual, mas vai dar também um conceito mais maduro, e uma forma de estar equidistante, sendo que ainda estou céptico em chamar a este feiticeiro um super herói.

Visualmente o filme é do melhor que o cinema já projectou, rivalizando não só com os grandes clássicos que têm imensos efeitos especiais, como também desafia a mente do espectador, que terá vai rodar várias vezes a cabeça para entender e ver todos os pormenores que inundam o ecrã, sendo que o filme tem um chão muito volátil, que tão depressa se vira do avesso, levando o nível de fantasia a um patamar ainda mais desafiante. O argumento do filme é do mais brilhante que a Marvel já apresentou, sendo que o elenco do filme é pefeito para amantes da representação senão vejamos: Benedict Cumberbatch como Dr. Strange, Mads Mikkelsen como Kaecilius, e Tilda Swinton como The Ancient One.

Doctor Strange é uma história que diambula entre o fantástico e a realidade, entre o possível e o impossível, entre os sentidos e a racionalidade, e é sem dúvida um dos melhores filmes da Marvel até à data. A Marvel ganhou uma personagem que sem dúvida na minha opinião, merece um segundo filme, o cinema ganhou mais um feiticeiro extraordinário, e eu um melão enorme por não ter ido ver isto em IMAX. Que delícia de filme.



sábado, 13 de abril de 2019

Captain America: Civil War (2016)

Por esta altura, a Marvel já estava habituada a apresentar várias personagens heróicas num só filme, da forma mais coesa e fluída que o argumento poderia permitir para que o fórmula funciona-se, mas acho que todos estávamos bastante longe de imaginar que ao pegar nisso, e tornar a trama um autêntico choque de titãs entre lados que deveriam estar do mesmo lado, foi uma forma fracturante de tornar esta viagem bem mais emocionante e madura. Aliás, existem aqui personagens que finalmente têm o seu momento para brilharem.

Pegando em vários acontecimentos trágicos de variados filmes lançados com as personagens que aqui entram, passando igualmente pelos Avengers, esta guerra civil é uma divisão baseada em convicções, um duelo de personalidades, e tem à mistura política e o bom senso daquilo que é certo ou errado. Claro que o sentido do que é certo ou errado pode ser interpretado de várias formas, e sem dúvida que será o primeiro filme que vai dividir os fãs da Marvel. Para mim, foi um choque frontal de emoções, alinhadas à tensão vivida durante todo o filme, que à medida que o argumento vai avançando, vai ficando cada vez mais interessante, com um momento cada vez mais espectacular que o anterior, até ao fim. Que grande trabalho realizado pelos irmãos Russo, sendo que o argumento escrito por Christopher Markus e Stephen McFeely, baseado nas bandas desenhadas de Mark Millar e Steven McNiven, ajudou muito o trabalho dos realizadores, e de todo elenco que mais uma vez, é fantástico.

Esta guerra civil à partida pode parecer um filme confuso, uma trama um quanto estranha visto estas personagens lutarem todas pelo mesmo, e pode até ser algo inesperado para alguns fãs, mas para outros fãs como eu, é uma lufada de ar fresco no género, uma autêntica pedra no charco, e vai com certeza revolucionar os filmes de super heróis, e a forma como alguns de nós, ainda olham para este género. Aconselho estômago. O soco que este filme dá no espectador é inesperado.



sexta-feira, 12 de abril de 2019

Avengers: Age of Ultron (2015)

Depois do sucesso do primeiro filme, Joss Whedon foi chamado para o segundo filme deste super grupo de heróis, baseado nas BD's de Stan Lee, sendo que o nível deste filme elevou e muito, tudo aquilo que viria a ser feito no futuro em termos de filmes do género. Sendo revolucionário em termos de argumento, todas as personagens aparecem muito mais maduras neste filme, mais unidas, e a verdade é, não era fácil elevar o nível do primeiro filme de 2012.

O vilão Ultron faz o espectador ter "dejá vús" de uma espécie de "Terminator 2" se este fosse criado no universo da Marvel, sendo que o filme ganha pelas imensas surpresas que tem, pela coesão entre todas as personagens, e pelo fantástico argumento que faz deste filme um bombom inesperado de estupenda adrenalina, recheado de grandes cenas de acção que não vivem só de efeitos especiais (que os há), mas vive essencialmente da prestação dos actores e da força das suas personagens. Ver o que a "MCU" está a desenvolver em termos de cinema, é um regalo e um tesouro que talvez poucos consigam perceber, mas sinceramente espero que o reconhecimento chegue finalmente com a Idade de Ultron, em que a mensagem é sobretudo sermos humanos. O que é isto de ser Humano? Termos virtudes e defeitos, acertarmos e errarmos, vivermos e seguir aprendendo a reviver.

Quem diria que tudo isto estaria num filme de super heróis, que em nada tem de básico, mas muito de Humano na verdade, muito de extraordinário em termos de fluidez, e muito de surpreendente sendo que vive muito da alma de todos os intervenientes. Talvez, o melhor filme de 2015, que nem parece ter pouco mais de duas horas, e já o queremos rever no minuto seguinte. Desculpem qualquer coisa, mas esta imagem no princípio do filme com os Avengers em slow-motion, é divinal.



quinta-feira, 11 de abril de 2019

Thor: The Dark World (2013)

Na minha opinião, é o primeiro grande filme da fase 2 da "MCU", não desfazendo nenhum dos restantes. Depois de uma introdução que deixou bastante água na boca por mais, Thor regressa com uma aventura que o levará às profundezas de um mundo escuro e sombrio dominado por Elfos Negros, longe daqueles pomposos e magistrais Elfos de outras histórias, de outros universos.

É uma história mais negra, a primeira na verdade da Marvel, que nos deixa por dentro do verdadeiro legado de Odin, e que nos mostra as decisões que um Thor, já bem mais maduro e consciente do seu papel, tem que tomar em prol do seu povo, da sua terra, e igualmente da influência que isso pode vir a ter em Midgard, e em todos os restantes reinos. Neste caso, a acção passa-se maioritariamente fora da Terra, e pormenores são tantos que a única pena com que o espectador fica, é de o filme não ser um pouco maior, pois as personagens deste filme têm tanto para puder ser explorado. No entanto, os momentos de acção, de espectacular adrenalina, e a relação crispada entre Thor e o seu irmão Loki estão lá, e isso permaneceu inalterado.

É um filme que dá a conhecer ao espectador, a magnitude e versatilidade desta personagem, e isso talvez não tenha ficado tão vincado no primeiro filme, se bem que este não necessita de tantos momentos de comédia, ou de uma espécie de alivio de tensão no argumento, para ser considerado um filme maduro e bem realizado. Já agora, que grandes papéis fazem Chris Hemsworth como Thor, Natalie Portman como Jane Foster, Tom Hiddleston como Loki, e Sir Anthony Hopkins como Odin.



terça-feira, 9 de abril de 2019

The Avengers (2012)

Eis o primeiro grande teste da Marvel, que junta todos os heróis e outras personagens apresentadas os filmes que marcam a primeira fase da "MCU", contra um inimigo comum. Até então, e falamos de 2012, nunca tinha sido concebido um projecto tão ambicioso e carismático, de forma a criar um argumento que juntá-se todas as personagens num argumento coeso e fluído, que não deixa nenhuma personagem por detrás de uma nuvem, fazendo com que todos tenham o seu momento para sobressair numa história que aumenta e credibiliza o nível que a Marvel pretende dar aos seus filmes, e a estas personagens.

Escrito e realizado por Joss Whedon (que no argumento contou com a ajuda de Zak Penn), é o um filme de encontros imediatos com imensas referências às "BD's", uma frenética viagem que podendo parecer apenas mais um filme de super heróis, é um pouco mais do que isso, ou não fosse este um projecto inovador devido à complexidade que é juntar todo este elenco de personagens num só filme. E já que falamos de elenco, vamos a ele: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, entre tantos outros talentos. Que luxo. Todos a dar o litro num filme que quer ser mais do que um marco, e na verdade, já o é.

Acção, adrenalina, perigo, emoções ao rubro, espectaculares efeitos especiais, entre outros condimentos que a Marvel começou a habituar o público, estão todos equilibradamente presentes nesta mega aventura que poderia ser um autêntico pesadelo devido a toda a logística envolvida para a criação deste filme, mas que foi no afinal apenas, o início de uma viagem que a esta altura estávamos todos longe de imaginar que iria longa e entusiasmante. Que sonho foi viver isto.



segunda-feira, 8 de abril de 2019

Captain America: The First Avenger (2011)

Durante anos o universo da Marvel suspirou por alguém que fosse capaz de desempenhar este papel de forma credível, e dar vida a uma das mais brilhantes histórias de origem, de coragem e bravura, que este universo tem. Chris Evans foi o escolhido depois de já interpretado outrora o Tocha Humana nos Fantastic 4, se bem que o impacto que esta personagem tem no mundo, e nas bandas desenhadas, é bem diferente, e por isso talvez mais desafiante.

"Captain America: The First Avenger", é um primeiro grande filme icónico da Marvel, ao nível da quase perfeição, sendo que embora não esteja enclausurado em efeitos especiais (que os tem em determinadas alturas), é um filme que vive da interpretação dos actores, do brilhante guião escrito por Christopher Markus e Stephen McFeely, e para além disso, vive de uma genuína vontade de pegar numa das negras páginas da História da Humanidade, e adaptar essa realidade a um contexto heróico que funciona brilhantemente como motor para a introdução de uma das personagens mais importantes deste universo, para além do facto de nos deixar com a sensação de que existem episódios que cabem a cada um de nós, fazer com que não se voltem a repetir. Acima de tudo, é uma brilhante história sobre a liberdade.

 É um filme com um dos maiores "vês" de vitória que vi nos últimos anos, uma agradável surpresa que ninguém está à espera que seja tão marcante, e tem várias referências às "BD's", que tornam esta viagem ao passado ainda mais interessante, quase como se estivéssemos ali a viver aquela época. O âmbago deste filme é a coragem, a mensagem é a capacidade de superação, e o valor desta película para todos aqueles que acreditam num mundo livre, é muito mais resistente que qualquer escudo feito do mais duro dos materiais. Na minha humilde opinião, continua a ser um dos melhores filmes que alguma vez vi. Uma das mais brilhantes estrelas da "MCU".

Captain America: The First Avenger on IMDB


domingo, 7 de abril de 2019

Thor (2011)

Confesso que esperava muito por este filme, por uma história que fizesse justiça a um dos super heróis mais poderosos da Marvel (o meu favorito da produtora), com um universo tão incrivelmente grande e com tanto por explorar, que ao me sentar na cadeira e ver o filme rodar, senti-me genuinamente como um miúdo que tinha entrado numa loja de doces, e vi uma história de origem com várias referências às "BD's", e ao mesmo tempo, ficou tanto por contar, sendo que foi explorado provavelmente o possível para este trovejante primeiro contacto.

Quando o martelo cai na terra, e com ele um Deus banido pela sua altivez e arrogância, ninguém sabe bem o que fazer quando encontra um poder tão tremendo, que não é deste mundo. É exactamente o choque entre dois mundos tão distintos que torna "Thor" um filme tão especial, que espelha bem a diferenças quer de comportamento, quer de força entre os mundos, que é o primeiro filme do universo da "MCU" a explorar seres tão divinos que no futuro podem tornar esta saga tão especial. É uma excelente apresentação de alguém tão poderoso, um verdadeiro trovão de emoções tão simples como extraordinárias, sendo que o é o primeiro filme da "MCU" com um verdadeiro elenco de luxo que conta com Chris Hemsworth (que é o Thor perfeito), Sir Anthony Hopkins (como Odin), e a talentosa Natalie Portman (como Jane Forster).

"Thor" é uma lição de humildade, de consciência, de domínio sobre si mesmo, mas também uma lição de que não se deve reagir ao desconhecimento com medo, apenas com cautela, e que mesmo dois mundos tão diferentes podem coexistir e estar ligados por vários pontos em comum, sendo que Jane Forster e a sua família têm um papel fundamental neste enredo que deixa água na boca por mais, sendo que acredito que a verdadeira tempestade, ainda se está a formar.



sábado, 6 de abril de 2019

Iron Man 2 (2010)

Nesta nova aventura de Tony Stark, a fórmula que levou o franchise da Marvel ao sucesso começou a ficar afinada no sentido de que esta segunda parte da armadura mais famosa deste universo, refina a desenfreada acção que ocorre durante todo o filme, a fluidez de um guião com tudo para vencer, e o humor leve que caracteriza muitos dos diálogos das personagens deste universo. No entanto, desta vez o personagem com um ego do tamanho deste mesmo universo, vê-se a braços com mais um confronto com a parte negativa que o seu legado tem deixado no mundo, sendo que Tony Stark reconhece que é preciso ter muito mais do que um plano B para vencer este novo desafio.

"Iron Man 2" é um história de persistência, de um confronto entre génios que têm tanto de loucos como de sábios, em que os jogos de poder testam algumas tonalidades mais negras para preparar o espectador para as aventuras que se seguem, sendo que tudo nesta altura ainda estava numa fase muito embrionária. Contudo, as espectaculares cenas de acção, os momentos de austentação de Tony Stark, assim como o seu lado mais "humano", estão na mesma presentes, numa versão que traz a famosa armadura, aprimorada com ainda mais espectáculo e emoções fortes.

Resumindo, é uma aventura cheia de acção, que não tendo a magia do primeiro filme que é uma brilhante história de origem, é a evolução natural de um super herói que tem um dos mais importantes papéis neste universo, e na vida de todos à sua volta, sendo que vai ser necessário muito mais do que simples ferro, para vencer um dos maiores desafios do legado de Tony Stark.



sexta-feira, 5 de abril de 2019

Shazam! (2019)

Quando nos lembramos do género de filme de super heróis que a DC costuma apresentar, dificilmente imaginamos algo tão solto, relaxado, fresco, e genuinamente divertido como Shazam. Este filme tem a varinha de condão de pegar nas coisas mais simples de um filme de Domingo à tarde, e sem estar extraordinariamente polvilhado de efeitos especiais (que os tem q.b. para este género de filme), consegue apresentar-se como uma comédia juvenil que vai agradar a qualquer pessoa com um sentido de humor apurado.

Billy Batson carrega o fardo de ser um miúdo abandonado à sua sorte, até que um dia é acolhido por uma família de acolhimento com vários irmãos de onde se destaca Freddy Freeman, um fanático por super heróis da DC, coisa que Billy não se interessa muito por, até um dia conhecer um feiticeiro que muda totalmente a sua vida, o seu propósito, e a sua relação com toda a sua família de acolhimento, principalmente com Freddy, uma das almas do filme. Durante toda a película existem dezenas de referências aos mais variados super heróis da DC, inclusive várias que me deixaram bastante contente por ainda hoje adorar os filmes alusivos a essas referências. Pegando nessas mesmas referências espalhadas pelo filme, no tremendo sentido de humor levado a cabo um pouco por todas as personagens, e na entrega com que este filme foi feito e produzido, Shazam é o filme de comédia do ano que ninguém pensou que fosse tão simples, e tão bom. Na verdade, ninguém pensava que a figura principal do filme, desempenhada por Zachari Levi, fosse tão engraçada e tão divertidamente ingénua quando toma contacto com o seu novo "eu", que o faz ganhar maturidade, talvez mais rápido do que ele alguma vez pensaria

Shazam pode não ser revolucionário, pode não ter cenas de acção amontoadas umas em cima das outras para fazer o espectador vibrar, e pode até ser categorizado como um filme para se ver numa época festiva como o Natal junto da família, mas está longe de ser um filme vulgar. É uma história escrita, interpretada, e vivida por intervenientes com um coração enorme, é um relâmpago que ninguém viu chegar, e nota-se que durante o filme (mesmo para além dos créditos), que todos os intervenientes sentiram vagas puras de diversão a dar vida a este super herói, inserido num mundo que não tem que ser sempre escuro e sombrio. É normal depois disto doer-vos a cara de tanto rir, a menos que sejam pessoas mesmo muito aborrecidas. Fiquem bem para além dos créditos, principalmente se forem como eu, que amo o universo da DC.



quarta-feira, 3 de abril de 2019

Iron Man (2008)

Existem super heróis que nos conquistam pelo seu carisma, pela sua luta interior, por nos identificarmos em alguns pontos com a sua personalidade, e outros porque simplesmente gostaríamos de ser como eles. Porque não? Afinal de contas, ter dinheiro, ser um engenheiro e empresário de sucesso, ser reconhecido mundialmente pelo seu génio, e ter tudo na palma é algo com que todos já sonhámos. "Iron Man" pode ser isto para alguns, e para outros pode ser apenas mais um filme de super heróis, mas é um herói bem diferente de todos os outros.

Tony Stark tem a vida dos seus sonhos, e não conhece fronteiras quando o assunto é viver da forma mais louca e desafogada possível, até um dia em que o azar lhe bate à porta. Aí todas as suas qualidades, quer como homem, quer como génio, começam a ser apontadas na direcção certa, quando terá que lutar pela sua sobrevivência, pela sua reputação, e por aquilo que ele realmente pode fazer pelo mundo, com todas as suas valências e influência que tem como figura de poder. É nestes pontos que apesar da sua personalidade, Tony Stark se torna verdadeiramente um Homem de Ferro. É uma história de quem tem tudo, de um ego atroz que não reconhece que eventualmente pode perder tudo, e de que tão rápido se pode estar no topo da montanha, como cair por aí abaixo aos trambolhões num instante. Escondido debaixo de uma armadura tecnologicamente super avançada, a demanda é sobreviver e salvar tudo e todos, algo a que Tony Stark se atira de cabeça, devido à elevada confiança que tem na sua criação.

Iron Man é o começo de uma viagem que nunca imaginámos que pode-se durar tanto tempo, com a introdução de um super herói que na verdade é a representação daquilo que qualquer um de nós, com as vastas possibilidades de Tony Stark, poderíamos almejar a ser, sendo que o ego cego e o orgulho em não reconhecer os nossos erros, podem também ser por vezes os nossos maiores inimigos.



terça-feira, 2 de abril de 2019

Bridge of Spies (2015)

Existem películas que passam por nós despercebidas. Existem aquelas que ficamos com o entusiasmo natural de as ver na altura. Existem ainda outras cujo cunho histórico é tão importante, que transcende a barreira do tempo, e faz-nos ver o filme independentemente de ainda não o termos visto, ou de o rever-mos sempre com o mesmo prazer de sempre. É o que se passa com "Bridge of Spies".

Baseado no incidente com avião U2 em 1960, que deu origem ao romance homónimo escrito por Giles Whittell, este filme mistura espionagem, política, relações perigosas, e dois lados distintos da barricada em plena Guerra Fria, sendo que um advogado especializado em seguros James B. Donovan (interpretado brilhantemente por Tom Hanks), aceita uma tarefa muito diferente do seu trabalho habitual: defender Rudolf Abel (interpretado por Mark Rylance, que acabou por ganhar um Óscar como Melhor Actor Secundário), um espião soviético capturado pelos americanos. E é neste estranho viveiro que nasce uma relação muito diferente da habitual entre um advogado atirado aos lobos, e um cliente que conhece bem os riscos de se ser um espião, com uma naturalidade inquietante que não deixa ninguém indiferente.

Só um coração de pedra, não vibra durante os momentos de tensão deste incrível filme cheio de Humanidade, a mesma Humanidade que falta por vezes em situações semelhantes, e que seguramente faltou em muitos países da velha Europa naquela época (ainda hoje em alguns casos infelizmente). Este filme não é apenas um simples filme. É uma lição de como os Homens podem, e devem ser melhores do que são, porque já existem a meu ver, demasiadas fronteiras.