quinta-feira, 30 de maio de 2019

X-Men: The Last Stand (2006)

A conclusão daquela que seria à partida apenas uma trilogia com estas personagens, ou pelo menos a representação mais central da história deste grupo de mutantes, é uma viagem ao medo e a boa parte dos poderes instalados, que à sua forma controladora, querem que o mundo seja completamente igual em formato e conceito. Existem várias figuras centrais neste "último capítulo", sendo que todo o elenco voltou para esta grande conclusão.

Normalmente, nem sempre as conclusões de trilogias resultam bem, mas no caso de X-Men, o guião de Simon Kinberg e Zak Penn é bastante orgânico, e mesmo sendo previsível em alguns momentos, funciona, e no fundo é isso que importa neste tipo de cinema. Basicamente é uma história de alianças improváveis, uma batalha de convicções, e de um enorme espírito de sacrifício que molda todo o grupo que combate um grande mal.

Foi uma excelente conclusão, e mesmo que existam pessoas que discordem, acho que o tempo falará por si quanto ao facto de ester ser um grande filme, que ganhou vários prémios, e pelo menos os fãs nunca vão esquecer estas personagens interpretadas por Hugh Jackman (Wolverine), Halle Berry (Storm), Ian McKellen (Magneto), Patrick Stewart (Professor X), Famke Janssen (Jean Grey), Anna Paquin (Rogue), Kelsey Grammer (Beast), e James Marsden (Cyclops).



terça-feira, 28 de maio de 2019

X-Men 2 (2003)

3 anos depois do primeiro filme, Bryan Singer volta a realizar a continuação de X-Men, que volta a trazer toda a acção e emoção que estas personagens dão a este mundo mutante. Todo o elenco que esteve no primeiro filme, volta em grande para este segundo filme que em nada fica a dever ao seu predecessor.

Patrick Stewart (Professor X), Hugh Jackman (Wolverine), Ian McKellen (Magneto), Halle Berry (Storm), e Famke Janssen (Jean Grey), voltam melhores que nunca nestes papeis, sendo que são introduzidos outros mutantes como Nightcrawler, Pyro, Ice Man, e Jubilee, que darão ainda mais profundidade a este história sobre uma aliança improvável perante um perigo maior.

Aclamado pela crítica, e vencedor de alguns prémios, X-Men 2 é uma excelente continuação de um franchise da Marvel com elevadíssimo potencial, numa altura em que o cinema se encontrava inerte, e refém de histórias com pouco sumo, e sem nenhuma acção que fizesse o espectador vibrar, algo que X-Men 2, tal como o primeiro filme, quebrou.





segunda-feira, 27 de maio de 2019

X-Men (2000)

Foi a primeira grande adaptação ao cinema da Marvel, pelas mãos da Fox, de um dos universos mais carismáticos da editora de bandas de desenhadas, X-Men. Como fã que teve comics destes comparados na banca da esquina, e que conhece bem este universo, era com algum entusiasmo que assisti a esta adaptação, que não sendo perfeita, foi um excelente início para tudo aquilo que os X-Men poderiam ser, e uma boa introdução destas personagens para todos aqueles que não estão familiarizados com este mundo, que também ele teve muito a mão de Stan Lee.

Realizado e escrito por Bryan Singer (que teve a ajuda no argumento de Tom DeSanto), este filme mostra um conjunto de pessoas com habilidades especiais, conhecidos como mutantes, que encontram uma família na mansão / escola do Professor Xavier (também ele um mutante com habilidades psíquicas), depois de terem sido excluídos pela sociedade que temia os seus poderes, e os considera devido a isso, uma aberração. No fundo, uma analogia da maior parte de nós próprios, quando conhecemos alguém diferente, com maneiras de estar e ser diferentes, e que devido a esse facto, a sociedade nem sempre encara isso com leviandade. Muito por culpa de quem se deixa engolir pela máquina, aniquilando o ser humano que há em si.

Claro que neste filme que ganhou vários prémios, e foi nomeando para tantos outros, também aparecem os maus da fita que acham que os mutantes devem controlar o mundo devido ao estigma contra eles que os humanos têm, liderados por Eric Lensherr, e dentro confronto nasce a alma de um filme que diz muito mais sobre nós próprios, do que possamos à primeira vista pensar. Hugh Jackman (Wolverine), Patrick Stewart (Professor X), Ian McKellen (Magneto), Famke Janssen (Jean Grey), James Marsden (Cyclops), Halle Berry (Storm), e Anna Paquin (Rogue) compõem um elenco de luxo de um filme que viria a revelar um franchise incrível.



sábado, 25 de maio de 2019

John Wick: Chapter 3 - Parabellum (2019)

O terceiro capítulo de Jonh Wick, o tipo que entra e rebenta com qualquer um e com qualquer sítio como se fosse o Macgyver das armas e da arte do combate, é a continuação no fundo da qualidade apresentada nos anteriores dois capítulos, que ressuscitaram um género de filme que estava completamente na banalidade do esquecimento. Era preciso alguém com mais carisma e algum talento na representação para que o público volta-se a olhar para este tipo de cinema com a devida atenção.

Keanu Reeves não só conseguiu isso com nos anteriores capítulos, como ainda elevou mais a loucura das incríveis cenas de acção que se vêm neste filme, que conta também com a belíssima Halle Berry. Chad Stahelski assina um trabalho de realização excelente, e que proporciona ao espectador muito mais do que um simples filme de acção com momentos espectaculares.

Parece um pouco redutor simplificar isto, mas é dessa mesma simplicidade das personagens, do argumento, e da maneira como alguns momentos acontecem no filme que nasce a magia de John Wick. Por vezes, o simples é o necessário para funcionar, e tudo funciona bem neste filme. Caramba, que este Keanu Reeves não consegue entrar num filme mau.



sábado, 11 de maio de 2019

The Godfather II (1974)

Dois anos depois de o mundo ter visto um dos melhores filmes de sempre, que iria sem dúvida tornar-se um clássico, chega a segunda parte de "The Godfather", que continua a história do legado Michael Corleone, mais uma vez realizado por Francis Ford Coppola, e escrito pelo próprio em colaboração com Mario Puzo.

Esta película explora a expansão do sindicato do crime de Michael, à medida que este tem de gerir todo o legado do pai Vito Corleone, e à medida que o filme avança, cada vez são mais intrigantes as ligações com o submundo da Máfia, com os jogos de influência e poder, e com o passado cada vez mais sombrio, que vai ter levar Michael a ter que tomar decisões cada vez mais fracturantes à medida que o filme se desenrola, por caminhos impiedosos e sangrentos. Tudo isto aliado a uma narrativa apaixonante.

Com mais um elenco de luxo que conta com Al Pacino, Robert Duvall, Diane Keaton, e Robert De Niro, foi um filme que arrebatou debaixo do braço 6 Oscares de onde se destacam "Melhor Filme", "Melhor Actor Secundário" (Robert De Niro), "Melhor Realizador", e "Melhor Argumento Adaptado", sendo que Al Pacino faz neste segundo filme talvez, o grande papel da sua carreira que merecia muito mais do que uma simples nomeação. Um clássico eterno.



quinta-feira, 2 de maio de 2019

Schindler's List (1993)

Quando penso em filmes obrigatórios que toda a Humanidade, ou o que resta dela devia assistir, lembro-me imediatamente de "Schindler's List", sendo que ainda hoje é um filme marcante de heroísmo, de coragem e de demonstração de Humanidade suprema, debaixo de uma época de terror absoluto, que assolava a Europa e colocava o mundo em estado de choque.

Este filme retrata os actos do industrial Oskar Schindler, que durante a invasão da Polónia durante a Segunda Grande Guerra, gradualmente se começa a preocupar e a aperceber das atrocidades e das perseguições efectuadas aos Judeus, pelo regime Nazi. Baseado no perturbador livro de Thomas Keneally (Schindler's Ark), escrito brilhantemente por Steven Zaillian, e realizado de forma fantástica por Steven Spielberg, esta biografia da parte mais importante da história de Schindler mostra todo o horror vivido durante aquela altura, todo o drama de se ter um pé fora e um pé dentro do sistema, e de se viver de perto o terror absoluto sentido por quem não cooperava com o regime Alemão.

Filmado a preto e branco, algo que acentua ainda mais a carga emocional do mesmo, esta obra que todos deveríamos ver para nos lembrar-mos dos erros do passado (para que não os voltemos a cometer no futuro), conta com brilhantes actuações de Liam Neeson, Ben Kingsley, e Ralph Fiennes, sendo que a Academia também não esqueceu esta marcante película, premiando-a com 7 Oscares, de onde se destacam "Melhor Filme", "Melhor Realizador", "Melhor Argumento Adaptado", "Melhor Actor Principal" (Liam Neeson), e "Melhor Actor Secundário" (Ralph Fiennes). Um exemplo perfeito de cinema puro e duro, sobre uma das mais brutais épocas da nossa infeliz História.

Schindler's List on IMDB


quarta-feira, 1 de maio de 2019

The Godfather (1972)

Numa altura em que o cinema vivia apenas da boas histórias e excelentes interpretações, e em que Hollywood se preocupava bastante com os argumentos apresentados, aparece no início dos anos 70, uma das películas mais marcantes da história do cinema nestes capítulos: argumento, interpretação, e adaptação de um livro para o grande ecrã sobre uma realidade quase feudal na sociedade Americana. Essa película tem o nome de "The Godfather".

Porquê "The Godfather" é tão marcante? Porque tem toda a essência daquilo que exactamente um grande filme tem que ter, para passar o teste do tempo e ficar na eternidade. Esta história viciante de um velho patriarca que encabeça a uma dinastia de crime organizado, e que pretende passar esse testemunho para o seu filho que tem pouca vontade de estar nesse trono, é uma imperial viagem pelo mundo do crime, pelas relações de respeito e afecto, pela honra e pelo medo, e pelas origens de uma cultura e outros contrastes culturais, cujas virtudes se confundem com jogos intrínsecos de poder.

Escrito por Mario Puzo (igualmente baseado na obra do mesmo), com a igual colaboração no argumento de Francis Ford Coppola (que também realizou o filme), é uma extraordinária obra intemporal, de uma majestosidade ímpar como a sua banda sonora, e uma verdadeira lição de como se interpreta em cinema dada por Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, Richard Conte, e Diane Keaton. Como se costuma dizer, guarda-se o melhor para o fim, e nesta altura a Academia ainda conseguia premiar grandes filmes sem estigmas, e este ganhou "Melhor Filme", "Melhor Actor Principal" (Marlon Brando pois claro), e "Melhor Argumento Original". Como passar quase 3 horas a ver bom cinema que dá vontade de ver de novo? É ver este filme. Não têm que agradecer.