quinta-feira, 28 de março de 2019

Spider-Man: Into the Spider-Verse (2018)

Quando se pensava que o mundo da animação se resumia a filmes 3D para se ver em família, com um formato mais ou menos musical, e com a mesma mecânica formatada com personagens distintas de um filme para o outro, eis que aparece este projecto tão ambicioso que demorou 4 anos a ser realizado, e que era à partida por ser um herói tantas vezes rodado em tantas outras aventuras, algo que poderia ter sido apenas mais outra aventura num formato diferente. É uma nova aventura sim, mas não é apenas mais uma aventura.

As técnicas de animação usadas neste filme exploram camadas e camadas de imaginação, e o espectador sente-se como se estive-se submerso num gigantesco livro de banda desenhada, cheio de cor, embrulhado num guião que recorda a simplicidade de redescobrir um mundo novo folha após folha. Este filme também ganha exactamente por isso: pelo guião. Irreverente, interessante, que introduz de forma simples e completa q.b., as várias personagens dos vários universos aranha, sendo que o filme nunca esquece as referências que caracterizam tão bem o universo desta personagem. A equipa que se forma neste filme, tem uma química perfeita que nunca atropela os momentos em que a acção tem que ficar lá atrás, à espera de explodir com teias um pouco por toda a parte.

Tendo em conta que é um filme de animação, isto apanhou-me completamente de surpresa pelo brilhantismo, pela dedicação, e sobretudo pela entrega do pessoal que trabalhou neste projecto, que quis exactamente que isto fosse muito mais do que um simples filme de animação. Quis que transcende-se exactamente a experiência de ser um filme para a família, e acreditem que é bem mais do que isso. É na minha opinião, um dos melhores filmes de animação de sempre. E felizmente, não escapou ao olho da Academia, que o premiou como o Melhor Filme de Animação de 2018, quebrando assim o ciclo da Disney de anos seguidos a ganhar o prémio.



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