sexta-feira, 22 de março de 2019

Bohemian Rhapsody (2018)

Fazer um filme sobre os Queen seria sempre um grande risco. Se o argumento do filme girar principalmente à volta da vida de Freddy Mercury, é mais arriscado ainda. Contudo, Rami Malek não virou o corpo às balas, nem se escondeu por detrás da cortina do medo (legítimo diga-se de passagem), e deu vida àquele que é considerado um dos melhores vocalistas da história do rock, e que guiou na minha opinião uma das melhores bandas da história da música. Da forma mais surpreendente possível, e graças a um talento que acredito que o próprio desconhecia, ele conseguiu empregar o que era necessário para o papel.

Sendo Freddy Mercury a alma do filme, o argumento contudo não esqueceu contudo os episódios mais marcantes da vida por detrás do palco desta banda, e também deu um pouco a conhecer como poderia ser Freddy na sua intimidade, culminando com um dos muitos momentos altos da carreira dos Queen, o concerto no Live Aid em 1985.

Poderia ter sido perfeitamente este o filme a ganhar os Óscares (era pelo menos a minha aposta), mas só o facto de Rami Malek ter tido a coragem de fazer este papel, da forma mais inesperada possível, sendo que não era ele a primeira escolha, é mais uma das muitas razões que poderia enumerar desde argumento, produção, e realização para se ver aquela que é para mim, uma película obrigatória para qualquer amante da banda, para qualquer amante de cinema, e acima de tudo, para quem aprecia uma história sobre pessoas completamente diferentes em irreverência, orientação sexual, e até em estilo de vida, a tocarem juntas numa banda que acabaria por ser muito mais do que isso para meio mundo.

O mundo agradece a tua coragem Rami Malek. Felizmente que à data desta crónica, a Academia também.

Bohemian Rhapsody on IMDB


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