sábado, 23 de março de 2019

The Dirt (2019)

Um dos filmes que mais aguardava este ano finalmente saiu, e confesso que depois de o ver, senti uma certa mágoa por isto não ter ido parar aos cinemas. Pode ser que ainda aconteça, pois esta produção da Netflix, em nada fica a dever a muito do cinema biográfico que se faz em Hollywood, por vezes com formatação a mais, algo que não poderia acontecer para bem de "The Dirt", o filme acerca de uma das bandas de hard rock mais aclamadas de sempre, Mötley Crüe.

Todas as bandas tem os seus pontos altos e baixos, as suas vitórias e as suas lutas internas, os seus momentos de contemplação e os exageros próprios da época em que estão inseridos, e nesta película, tudo isso é captado de forma a dar a conhecer muito mais do que uma simples história de uma banda icónica. Dá a conhecer como era viver numa época que era um autêntico viveiro de coisas muito boas, e de coisas muito más. Vive-se intensamente o topo neste filme, como a seguir se bate com a cabeça no chão, e com estrondo. Aliás, estrondo é uma palavra que bem se poderia aplicar a este filme, pois todos os seus momentos bons e maus, batem no espectador exactamente com estrondo.

Não esquecendo nenhuma das fases mais importantes da história da banda, do ambiente de Sunset Strip, e também de algumas curiosidades à volta dos membros, "The Dirt" é uma retrospectiva corrosiva do que era ser-se uma banda de hard rock dos 80's, que foi bem para além do limite, pois na verdade, essa palavra nunca esteve no dicionário de Mötley Crüe. É uma overdose de adrenalina, sem filtros, sem papas na língua, e sem romantismo exagerado, pois já todos sabemos mais coisa menos coisa, que por vezes o mundo do espectáculo é tudo menos romântico.



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