quinta-feira, 21 de março de 2019

Lords of Chaos (2018)

Confesso que tinha genuína curiosidade em ver este filme, sendo que o Black metal também é algo que faz parte da minha vida. Teve a sua importância na minha formação musical e na descoberta de outros géneros, numa altura em que estava a descobrir o espectro de metal mais extremo, embora seja um género que oiça de forma discreta e o interprete de uma maneira bastante pessoal.

Como fã deste género e de outros dentro do metal, não sei o que um acérrimo fã de Black metal poderá pensar sobre esta interpretação da história verídica de Euronymous e da criação da sua banda "Mayhem", que teve uma importância tremenda no desenvolvimento do movimento associado ao género, mas pouco importa na verdade. Porquê? Porque este filme na sua essência é muito mais do isso. Representa a mais dura repulsa por tudo o que a sociedade onde estes jovens estavam inseridos sentiam, e isso veio a reflecti-se nas suas atitudes adolescentes, na sua forma de estar niilista, que veio dar origem devido a todas as fricções que vão acontecendo ao longo do filme, aos terríveis acontecimentos verídicos que tiveram lugar na Noruega no início dos 90's.

As rivalidades próprias da delinquência de quem tem tudo a provar na idade dos porquê, a paixão por se ser extremo apenas com o intuito de chocar tudo e todos à sua passagem, e a sensação de que o som cru e pútrido da música não chegava para passar a mensagem de que isto não são de todo bons rapazes, foram factores que ajudaram a que toda uma aura ao volta desta história perdura-se, e no fundo são o catalisador para um culto que se desenvolve no submundo da música extrema, neste caso, no Black metal.

Foi um filme que me surpreendeu pelo facto de contar um seguimento de crimes da forma mais simples possível, nunca esquecendo os eventos infames de um grupo que não quis ser apenas uma mera banda de música extrema. E infelizmente para alguns destes jovens, não o foi.

Lords of Chaos on IMDB


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