quarta-feira, 5 de junho de 2019

Logan (2017)

Depois de 2 capítulos dedicados ao Wolverine, o "X-Men" mais popular, capítulos esses que deixaram uma leve sombra de que esta trilogia já é mais espremer a laranja até dar do que outra coisa qualquer, finalmente ao terceiro filme, aparece uma história digna do carácter duro e feroz de uma personagem como Wolverine.

Logan, que se impunha ser rated-R, é exactamente isso: um filme visceral, duro no seu âmbago, mas com pontos deliciosos que nos vai fazer ficar colados à cadeira até ao fim do filme, e vibrar com o mesmo. E o mais extraordinário disto, e que os efeitos especiais são poucos em comparação com os filmes do género, sendo que esta história vive muito do desempenho e entrega dos actores, desempenho esse fenomenal. James Mangold entrega o filme de Wolverine que a personagem merecia, com Hugh Jackman (Logan), Patrick Stewart (Professor X), e Dafne Keen (X-23), a serem o corpo e a alma de um filme com grandes momentos, momentos esses que valeram uma nomeação para Melhor Argumento nos Oscares de 2018, a primeira nomeação para um filme da Marvel, algo que foi verdadeiramente histórico. Não foi vencedor, mas fartou-se de arrecadar outros prémios também importantes, em outros festivais de cinema, que reconheceram esta grande película.

Logan é a despedida que se impunha, é um marco na carreira da Marvel (ainda que licenciada pela FOX à altura desta crónica), e é sem dúvida um dos melhores filmes de sempre baseado numa personagem das bandas desenhadas, para uns arte, para outros nem por isso. Para mim pessoalmente, isto é do melhor que o cinema pode fazer de forma equilibrada, longe do mundo chato e pseudo-intelectual, para o qual por vezes alguns querem atirar o cinema. O cinema é muito mais do que isso senhores e senhoras, e a Marvel vai prová-lo nos anos que se vão seguir.



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