quarta-feira, 1 de maio de 2019

The Godfather (1972)

Numa altura em que o cinema vivia apenas da boas histórias e excelentes interpretações, e em que Hollywood se preocupava bastante com os argumentos apresentados, aparece no início dos anos 70, uma das películas mais marcantes da história do cinema nestes capítulos: argumento, interpretação, e adaptação de um livro para o grande ecrã sobre uma realidade quase feudal na sociedade Americana. Essa película tem o nome de "The Godfather".

Porquê "The Godfather" é tão marcante? Porque tem toda a essência daquilo que exactamente um grande filme tem que ter, para passar o teste do tempo e ficar na eternidade. Esta história viciante de um velho patriarca que encabeça a uma dinastia de crime organizado, e que pretende passar esse testemunho para o seu filho que tem pouca vontade de estar nesse trono, é uma imperial viagem pelo mundo do crime, pelas relações de respeito e afecto, pela honra e pelo medo, e pelas origens de uma cultura e outros contrastes culturais, cujas virtudes se confundem com jogos intrínsecos de poder.

Escrito por Mario Puzo (igualmente baseado na obra do mesmo), com a igual colaboração no argumento de Francis Ford Coppola (que também realizou o filme), é uma extraordinária obra intemporal, de uma majestosidade ímpar como a sua banda sonora, e uma verdadeira lição de como se interpreta em cinema dada por Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, Richard Conte, e Diane Keaton. Como se costuma dizer, guarda-se o melhor para o fim, e nesta altura a Academia ainda conseguia premiar grandes filmes sem estigmas, e este ganhou "Melhor Filme", "Melhor Actor Principal" (Marlon Brando pois claro), e "Melhor Argumento Original". Como passar quase 3 horas a ver bom cinema que dá vontade de ver de novo? É ver este filme. Não têm que agradecer.



Sem comentários:

Enviar um comentário