quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Wonder Woman 1984 (2020)

Depois do arrebatador sucesso do primeiro filme, era previsível o regresso de Patty Jenkins como realizadora (que também escreveu o argumento com Geoff Johns e Dave Callaham), e de Gal Gadot como atriz principal para um segundo filme, que voltou a ser produzido pelo duo Zack e Deborah Snyder. Desta vez encontramo-nos em 1984, numa viagem que recupera uma época em que o mundo estava mergulhado num momento tenso devido à Guerra Fria, mas que ao mesmo tempo evoluía vertiginosamente para uma evolução tecnológica.

A palavra chave desta inspirada lição de Humanidade para todas as idades acaba por ser ganância, que liga não só a própria figura central do filme, como também os seus vilões Cheetah, e Max Lord (Kristen Wiig e Pedro Pascal respectivamente), a toda uma trama de emoções sobre poder, sobre dor, e sobre a verdade. Talvez por razões mais egoístas, as personagens vêem-se todas elas a braços com decisões que envolvem coragem e sabedoria, e de como isso pode influenciar tremendamente todos os que estão à nossa volta, mesmo que não tenhamos consciência disso. Apesar do filme se passar nos anos 80, alguns dos problemas sociais de que as mulheres sofreram, e sofrem ainda nos tempos em que estamos, foram representados de forma bastante inteligente, mas acutilante o suficiente para fazer o espectador tremer.

Esta aventura tem um bater de coração próprio, como uma espécie de sonho que o espectador não quer que acabe, e é uma fuga vibrante na direção certa para este tipo de filmes, em que nos tempos que vivemos acaba por ter saído na altura certa, pois se a esperança é algo de que todos nós nos devemos alimentar de, verdade também seria algo bom para acompanhar, numa Era em que deixamos o barulho falar mais alto, não ouvindo os pormenores da razão que tanta falta fazem. Um aconchego heróico.

Wonder Woman 1984 on IMDB



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